Turismo Alentejo procura novo «modelo de gestão» nas áreas de serviço de autocaravanismo
A Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo está à procura de um novo «modelo de gestão» para as áreas de serviço de autocaravanismo (ASA).
Esta mudança de panorama surge na sequência de constrangimentos na «plataforma de promoção e de reservas», segundo José Santos, presidente da ERT, a’ODigital.
«Algumas estão a funcionar bem, outras têm apresentado dificuldades, nomeadamente naquilo que tem a ver com a relação com a plataforma, o que tem originado algumas dificuldades da parte dos utilizadores que nem sempre conseguem fazer a reserva», confirmou o presidente.
Desta forma, revelou que a ERT está em conversações com a Federação Portuguesa de Campismo e com a Turismo de Portugal «para encontrar uma solução».
«Penso que estamos no caminho de uma solução que vai permitir que cada Câmara Municipal possa escolher qual o modelo de gestão que entende selecionar e com que parceiros vai querer trabalhar», destacou José Santos.
Sublinhou ainda que está a ser negociada, com a Turismo de Portugal, «uma grande simplificação dos procedimentos que cada utilizador de uma ASA tem de cumprir quando entra numa dessas infraestruturas».
Desta forma, haverá um «’downsizing’ significativo dessas exigências» e que «até ao final do ano esse tema vai se resolver e que as ASAs estarão preparadas para receber muitos turistas».
O presidente da ERT confirmou também que «há cada vez mais utilizadores», mas, ainda assim, houve “apenas” «cerca duas mil utilizações este ano»: «Muito aquém do que era expectável».
«Esta estatística tem sido influenciada negativamente pelas dificuldades que os utilizadores estão a ter no registo na plataforma», adicionou.
Contudo, José Santos acredita que «este ano isso vai ser melhorado, para que as ASAs possam ser boas âncoras de atração e de descanso para os turistas que procuram a região».
«Se estes turistas têm dificuldade em reservar nesse parque de caravanismo, tendem a não voltar ou a ficar com uma má experiência no destino», atirou também.
Destacou ainda que vão ser criadas nove áreas de serviços de autocaravanismo, chegando às três dezenas: «O turismo ao ar livre cativa e as pessoas procuram muito o Alentejo por essas situações».
«Creio que o Alentejo tem aqui um produto turístico de topo, importante e que pode ajudar ainda mais a região», concluiu.
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