Autocaravanismo - as raposas e o galinheiro

Zona para discussão de ideias, esclarecimento de dúvidas e apresentação de propostas sobre o autocaravanismo.

Re: Autocaravanismo - as raposas e o galinheiro

Mensagempor fluis » sexta dez 05, 2014 11:29 am

Bom dia,

O Companheiro Paulo MB tem toda a razão, pelo que solicito ao companheiro Oliventino, que reformule a questão que quer colocar. Devemos discutir ideias e não pessoas.
Trocar argumentos sobre as ações/linhas de atuação e tomadas de posição das instituições, e não sobre as próprias instituições.
Só assim se consegue esclarecer os temas e prestar um bom serviço ao autocaravanismo.
Fernando Luís
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Re: Autocaravanismo - as raposas e o galinheiro

Mensagempor Luis Agostinho » sexta dez 05, 2014 12:22 pm

Bom dia,

Talvez o Paulo MB não se recorde por na altura andar afastado das lides. E claro que escrevo isto para ir ao encontro da afirmação que cito em baixo.

Paulo MB Escreveu: Basta estar atento às recentes tomadas de posição dos dirigentes que se reveem na FCMP para não cairmos nessa conclusão. A criação da comissão de autocaravanismo no seio da FCMP é a prova de que o munda gira e as organizações evoluem.


"O Montanhismo e a Federação de Campismo
Em meados dos anos oitenta vão surgindo em Portugal diversos clubes de montanhismo: O Clube de Montanhismo da Guarda, o Grupo de Montanhismo de Vila Real, e tantos outros.
Pensa-se, então na constituição de uma federação da modalidade, mas a Federação de Campismo pressiona os clubes para se integrarem no seu seio.
O processo de integração da nossa Modalidade Desportiva na Federação de Campismo, foi realizado, através de uma série de reuniões a nível nacional, em que democraticamente a maioria dos clubes, entendeu que as condições propostas pela Federação de Campismo eram razoáveis e aceitáveis.
Essas condições incluíam: a autonomia da modalidade dentro da FPC e a realização de Assembleias Gerais só para clubes com Actividades de Montanha, a quem competia entre outras coisas:...."
(sic)

- "Eleição do SNAM. ( Direcção de Montanha constituída por dois representantes de cada região do país )
Ao SNAM, Secretariado Nacional de Actividades de Montanha, competia gerir a modalidade de forma autónoma em relação á Direcção da FPC e ao Vogal da Montanha, cabia a tarefa de estabelecer “a ponte” entre as duas “direcções”.
A maioria dos clubes, aceitou este modelo e os principais Clubes de Montanhismo da época, apesar de entenderem que seria melhor constituir uma Federação Autónoma, aceitaram democrática e civilizadamente a decisão da maioria e participaram de Corpo e Alma na construção do SNAM no âmbito da FPC
Este modelo, enquanto foi respeitado pelas direcções da FPC, funcionou bem e o Montanhismo desenvolveu-se e prosperou. E graças a esse trabalho a FPC foi inscrita na UIAA e reconhecida pelo Estado como Federação Desportiva.
Só que... Pelo facto, do reconhecimento da tutela pelo estado, já estar praticamente nas mãos da FPC e porque determinados personagens estavam habituados a controlar, a seu “belo prazer”, as Actividades de Montanha, tornou-se incómoda , ou desnecessária, a autonomia de que usufruía o SNAM (condição imposta pelos clubes com actividades de montanha, para aceitarem a tutela da FPC sobre a modalidade )

Nunca mais, a Assembleia Geral de Clubes com Actividades de Montanha voltou a reunir, o SNAM foi extinto, assassinaram a nossa autonomia e faltaram á palavra que nos haviam dado."(sic)

"O Nascimento da Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada
Mais tarde e revelando uma boa vontade impar, concebemos e tornamos real uma estrutura no âmbito da FPC, que designamos de Escola Nacional de Montanhismo. O que possibilitou um novo folgo ao desenvolvimento da modalidade. Só que mal procuramos agir de forma democrática, regulamentada, transparente e autónoma, logo fomos desautorizados e mais uma vez vimos destruído o nosso trabalho, pelos mesmos “coveiros”.
Seguidamente, a FPC seguiu o caminho do autismo, e passou a impor para ”nossos representantes” elementos escolhidos sem qualquer processo democrático autónomo. O que resultou numa interminável e teimosa sucessão de fracassos e demissões. Que foi acompanhada, de uma cada vez maior falta de transparência, que viria a criar um ambiente insuportável de suspeições entre Montanheiros e entre clubes.
Em face disto um alargado grupo de Montanheiros com responsabilidades directivas em 15 clubes e apoiados oficialmente por 8 destes, decidiram romper; com o marasmo em que estava-mos caídos e dar um passo decisivo; constituindo a nossa Federação. Foram criadas as condições legais; para que todos os clubes que o desejarem; possam de forma democrática, legal e transparente, reunir na primeira Assembleia Geral da nossa Federação, para elegermos os nossos legítimos representantes, escolhermos os nossos logotipos, aprovarmos os nossos regulamentos e decidirmos o nosso plano de actividades.
Traçando assim o nosso próprio caminho e exercendo plenamente os nossos direitos associativos"
(sic)

In:http://www.fpme.org/index.php?option=com_content&view=article&id=13&Itemid=55

Isto foi o que a FPC e actual FCMP...fez com o montanhismo na altura...!!!

E não sou eu que o digo.

Que sirva pelo menos para trazer alguma luz à troca de opiniões. Concerteza que o Paulo MB não terá que responder por isto, mas pelo menos toma conhecimento de factos passados.

Um abraço e bom fim de semana XXL,
Luis Agostinho
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Re: Autocaravanismo - as raposas e o galinheiro

Mensagempor Paulo MB » sexta dez 05, 2014 4:09 pm

Boa tarde,

Agradeço o trabalho de pesquisa realizado pelo Luís Agostinho, que vem recordar como os dirigentes da FCMP atuavam até um passado recente. Faltou neste relato um pormenor, que considero relevante: os atuais corpos sociais resultaram de uma disputa eleitoral que terminou com a substituição dos dirigentes que foram protagonistas desse triste episódio que aqui foi relatado.
Daí manter o que já escrevi noutro post e que foi citado pelo meu interlocutor: "Basta estar atento às recentes tomadas de posição dos dirigentes que se reveem na FCMP para não cairmos nessa conclusão. A criação da comissão de autocaravanismo no seio da FCMP é a prova de que o munda gira e as organizações evoluem."

Um abraço,
Paulo Moz Barbosa
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Re: Autocaravanismo - as raposas e o galinheiro

Mensagempor jfneves » sexta dez 05, 2014 5:26 pm

Paulo MB Escreveu: "Basta estar atento às recentes tomadas de posição dos dirigentes que se reveem na FCMP para não cairmos nessa conclusão. A criação da comissão de autocaravanismo no seio da FCMP é a prova de que o munda gira e as organizações evoluem."


Boa tarde companheiro e conterrâneo Paulo MB,

Todas as opiniões que tenho formulado relativamente à FCMP, têm sido única e exclusivamente com base nos documentos que consulto no respectivo site, referem-se à organização em si, e não relativamente aos seus actuais ou anteriores dirigentes.

Já por diversas vezes referi que até há bem pouco tempo, desconhecia a maioria das organizações e muito menos quem as geria.

Acredito que os actuais dirigentes da FCMP, que como diz, tenham o maior interesse em desenvolver o autocaravanismo com a máxima autonomia possível dentro da sua organização, sejam pessoas de grande capacidade de iniciativa, e o companheiro esteja a apostar nessa orientação e, até por conhecimento pessoal, acredite no empenho dos actuais dirigentes da FCMP.

Percebo perfeitamente a sua posição, no entanto, a pesquisa do Luis Agostinho, veio demonstrar quanto elevado é, o risco de um departamento de autocaravanismo, dentro duma grande organização como o é a FCMP, com objectivos tão diversificados e um número tão elevado de associados, de os interesses do autocaravanismo poderem ser completamente diluídos e esmagados pelos demais.

Hoje, os corpos gerentes da FCMP, são na sua opinião pessoas apostadas em apoiar o autocaravanismo, mas nada nos garante que nas próximas eleições, regressem os autores do comportamento aqui exposto para com os montanhistas, que aliás é uma actividade que não difere de sobremaneira da actividade campista, não tendo o mencionado departamento do autocaravanismo, peso suficiente, em número de votos certamente, para evitar ou garantir uma direcção que sirva as suas pretensões.

Não posso deixar de sublinhar mais uma vez, que a denominação de uma organização que represente os autocaravanistas, terá forçosamente que começar por ter bem realçada a palavra autocaravanismo/ta, dado que quando nos apresentamos perante entidades terceiras, estas depreendam de imediato, na presença de quem estão e que tipo de assuntos vão discutir.

Veja um pequeno exemplo que poderá acontecer: uma reunião marcada com uma qualquer entidade oficial, Câmara Municipal, Grupo de deputados daAR, Secretaria de Estado, seja que entidade for, que têm sempre uma agenda extremamente preenchida e diversificada, e que vamos tratar de assuntos respeitantes única e exclusivamente ao autocaravanismo. Logo pela manhã, a secretária informa o ou os responsáveis de que tem uma reunião agendada para o final da manhã, com a Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal. O que interiorizam de imediato esses responsáveis: bem, vamos tratar de assuntos do campismo!!!!!!!!!!!!!!

Mais uma vez reafirmo a necessidade da especialização, dado que conseguimos ser muito mais profundos e conhecedores dos assuntos e os objectivos são mais precisos e limitados. Numa grande organizaçãp, se conseguimos alcançar uns objectivos e falhamos outros, no cômputo global, até podemos ter um óptimo desempenho. No caso concreto, o grande problema é se o objectivo falhado, foi o do autocaravanismo......

Daí, ver todo o interesse em se aprofundar esta questão e se possível, que se promovam debates directos entre todos, no sentido de se tentar progredir no consenso geral.

Um abraço,
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Re: Autocaravanismo - as raposas e o galinheiro

Mensagempor danibeja » sexta dez 05, 2014 5:43 pm

Boa tarde,

Discordo totalmente das afirmações do companheiro Paulo MB, pois todas as ações que a FCMP toma em relação ao autocaravanismo são dirigidas à FPA, emperrando/impedindo qualquer acção ou tentando denegrir a imagem da Federação Portuguesa de Autocaravanismo, a menos que me apresente ( neste tópico por exemplo ), não reconheço nenhuma medida ou acção tomada pela Federação Campismo e Montanhismo de Portugual em prol do Autocaravanismo de forma Itinerante.

Tal como aconteceu com outros no passado, assim continua, as pessoas em vez de trabalharem em torno do autocaravanismo, trabalham em torno da sua Federação ou Quinta. Basta ler este tópico : viewtopic.php?f=12&t=7140 no dia 15 e 16 de Outubro, para perceber que existem pessoas no autocaravanismo que a unica coisa que pretendem, é mandar nisto tudo, tal como aconteceu com o montanhismo, e que pretendiam agora com o autocaravanismo... A democracia é palavra de leigo na matéria do autocaravanismo, eu imponho aos outros o que pretendo....

A comissão criada até poderia ser uma mais valia para o autocaravanismo, até porque reconheço elevadas qualidades na matéria do autocaravanismo em várias pessoas que a compõem, mas tal como o SNAM do montanhismo, nenhum apoio terá da FCMP ( apenas a minha opinião ) ....

os atuais corpos sociais resultaram de uma disputa eleitoral que terminou com a substituição dos dirigentes que foram protagonistas desse triste episódio que aqui foi relatado.


A substituição desses corpos sociais, não quer dizer que não fiquem "maçãs podres" na cesta da fruta, assim como, quero acreditar, que as declarações de uma das pessoas ( a que deu origem à resposta e abertura deste tópico) que compõe a dita comissão na FCMP sejam consensuais no seu seio... pois se naquele local existir democracia.....

Mas há também alguns pormenores que fazem que umas organizações sejam melhor compreendidas do que outras: limitação do número de mandatos, publicação dos planos de atividades e respetivos orçamentos, assim como os relatórios e contas anuais, entre outras. A esta prática chama-se transparência, sem a qual não é possível vir para a praça pública defender princípios que, por muito generosos que sejam, não têm qualquer credibilidade.

Cabe aos sócios aferir essas realidades, pois quanto mais não seja, em Assembleias Gerais as instituições a isso são obrigadas....

Como o entendo companheiro Paulo MB, tal como o seu homologo, em vez de estarem preocupados com o autocaravanismo estão preocupados com as acções da FPA, aqui deixo o reparo, porque sei que a comissão me vai ler, propondo desta forma uma "intifada" contra a FPA de alguns elementos ligados à FCMP, desculpem-me a hipérbole :lol:

Companheiro Paulo MB, tal como já foi sugerido anteriormente pelo companheiro Jorge Santos :
O que eu pretendo pedir-lhes, companheiros, meus senhores, é que acedam com a vossa presença a encontrarmo-nos para entendimento quanto às diligências a efectuar para que a Lei seja, tanto quanto possível, abrangente das particularidades da nossa autonomia.
Acha que a FCMP ou o CPA iriam participar de forma democrática num eventos deste tipo ???? E esta é a verdadeira diferença entre instituições!!!!

Grande abraço,

Danibeja
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Re: Autocaravanismo - as raposas e o galinheiro

Mensagempor Henrique Fernandes » sexta dez 05, 2014 8:07 pm

Caro Paulo MB:
Faço minhas as suas palavras, quando afirma que "A criação da comissão de autocaravanismo no seio da FCMP é a prova de que o munda gira e as organizações evoluem"!
É exatamente por o mundo girar e as organizações evoluírem que surgiram 3 clubes autónomos ao universo campista e, posteriormente, a FPA. E acredite que foi por ter surgido a FPA que teve de aparecer a tal "comissão de autocaravanismo"...
Tudo isto aconteceu por muitos autocaravanistas terem percebido que só afastando-nos totalmente do campismo é que poderíamos lutar pelo direito a uma verdadeira itinerância.
O companheiro, como outros, acredita numa via diferente e eu respeito isso. Aliás, como já aqui foi dito, há gente que sabe muito de autocaravanismo (se calhar até bem mais do que eu...) e que integra essa comissão. Se conseguirem conciliar a água e o azeite, isto é, o direito à itinerância e a tentação de imposição do campismo, mando construir-lhes uma estátua no meu quintal, aqui na Guarda.
E olhe que o problema não estará certamente nas pessoas que integram a comissão, a quem temos de dar o benefício da dúvida e presumir que estão de boa fé.
O problema está em certos sectores da FCMP, que até podem ter mudado o verbo mas não mudaram decerto a ideia.
Nunca veremos a FCMP a apadrinhar com sinceridade, por exemplo, uma estratégia de criação de centenas de AS fora dos parques de campismo, porque isso seria ir contra os legítimos interesses das suas filiadas que vivem desse negócio, e que são muitas. O objetivo da FCMP será sempre o de "arrastar", de forma mais ou menos dissimulada ou capciosa, as ACs para dentro dos parques de campismo. E na perspetiva de quem assim pensa, a "comissão de autocaravanismo" serve apenas os seus objetivos propagandísticos, destinados a uma recomposição da imagem de uma instituição que relativamente a estas questões está progressivamente a perder a corrida da modernidade.
A história dá-nos milhares de exemplos de resistência à mudança. Nunca esqueçamos que muitos países são hoje independentes à custa da luta de uns poucos que à data eram vistos, pelo sistema vigente, como "terroristas" ou coisa do género. Ora, é exatamente essa a estratégia que tem sido desesperadamente prosseguida por alguns, felizmente muito poucos, quando querem atribuir à FPA intenções que esta nunca teve, só para criar confusão. E foi por isso que decidi abrir este tópico.
Felizmente a grande maioria dos autocaravanistas que participam publicamente neste tipo de debates, seja neste fórum ou noutros, tem respondido a essa campanha com desprezo ou desinteresse. Mas que o "veneno" está lá, isso está. E olhe que vai demorar a morrer...
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Re: Autocaravanismo - as raposas e o galinheiro

Mensagempor Paulo MB » sábado dez 06, 2014 12:05 am

Boa noite,

Estamos perante alguns equívocos.
Quem me lê sabe que não respondo a indiretas, mas não viro as costas a um debate sério sobre temas sérios.
É verdade que, enquanto dirigente do CPA, acredito na nossa capacidade para manter a filiação que os sócios, em Assembleia Geral, decidiram. Um dirigente pode, e deve, ter as suas opiniões, mas não se deve prestar a exercer cargos que violem a sua consciência.
A opinião que tenho sobre a nova orientação da FCMP está mais do que expressa, mas respeito as que são divergentes. E também já ficou claro que só dou crédito a organizações que são transparentes nos seus atos de gestão. Aliás, é o que fazem os responsáveis políticos quando os interpelamos. Não é só o nome de uma associação que abre a porta a possíveis reuniões. Os nossos interlocutores têm gabinetes de apoio que preparam os “dossiers” baseados nos nossos documentos de gestão, que não nos são pedidos, porque estão publicados.
Termino lembrando que a direção que me precedeu no CPA lançou o repto a várias organizações e clubes ligados diretamente ao autocaravanismo para reunirem e analisarem os vários pontos que a todos interessam com uma agenda aberta e sem conclusões que não fossem geradas por consenso. Estas reuniões nunca se realizaram.

Um abraço,
Paulo Moz Barbosa
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Re: Autocaravanismo - as raposas e o galinheiro

Mensagempor time_out » sábado dez 06, 2014 12:27 am

Paulo MB Escreveu:... "Basta estar atento às recentes tomadas de posição dos dirigentes que se reveem na FCMP para não cairmos nessa conclusão. A criação da comissão de autocaravanismo no seio da FCMP é a prova de que o munda gira e as organizações evoluem."


Boa noite
Muita coisa já foi dita sobre o papel da FCMP na defesa do autocaravanismo e que a comissão criada mostra que estão no bom caminho.
Pois só que nada foi feito para alem de criarem a comissão pois do trabalho que se propuseram nada está feito passado 1 ano.
A FCMP devia, caso a comisão tivesse realmente que desempenhar a missão que lhe foi confiada, ter avançado com areas de serviço (verdadeiras areas de serviço e não entradas nos parques) nos parques de campismo que são titulares. O exemplo deve vir do próprio.
Depois deveria ter assegurado que os seus associados se seguiriam.
Tal não aconteceu nem se sabe se alguma vez virá a acontecer.
O desastroso resultado da consulta publica para a area de serviço de Lisboa é sinonimo que não conseguem mobilizar os associados nem que a sua força como Federação exista.
Convem não esquecer que a FCMP é uma Federação de Utilidade Publica e como tal tem acesso a apoios governamentais (por ser uma federação desportiva de utilidade publica) e que tais apoios são calculados em função dos clubes associados e das licenças desportivas ???? emitidas Ver em http://www.fcmportugal.com/files/Filiadas/Documentos/QUOTAS%202014.pdf.
Chamar a um documento de identificação de praticante campista, autocaravanista ou montanhista uma licença desportiva tem um unico fito, o de mostrar que a FCMP tem muitos "desportistas" e portanto eligivel para os tais apoios que em 2013 somaram €44.292,00 (ver em http://www.fcmportugal.com/Contas.aspx)

Portanto e para finalizar concluo que o mundo, para a FCMP, gira mas no sentido que lhes for mais conveniente e se para acalmar os autocaravanistas for necessário falar, escrever e até constituir uma comissão que nada faz então é nesse sentido que se irá.
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Re: Autocaravanismo - as raposas e o galinheiro

Mensagempor Henrique Fernandes » sábado dez 06, 2014 1:51 am

Caro Paulo MB:
É de facto verdade que o CPA "lançou o repto a várias organizações e clubes ligados diretamente ao autocaravanismo para reunirem e analisarem os vários pontos que a todos interessam com uma agenda aberta e sem conclusões que não fossem geradas por consenso", pois disso eu próprio sou testemunha, o que não quer dizer que o CPA o tenha, na minha opinião, feito então pelas "melhores" razões. E sabe o companheiro por que motivo "estas reuniões nunca se realizaram"? Porque alguém do CPA exigiu na altura que antes de qualquer reunião (!!) os clubes "convidados" (no caso em apreço o CGA, o CAS e o CAI) subscrevessem desde logo uma coisa denominada "declaração de princípios". E aí começou tudo a correr mal...
Como é patente até neste tópico, há quem discorde da forma ou da ordem como está elaborada a referida declaração, num direito que a todos assiste. Na altura aconteceu o mesmo, tendo a pessoa que conduziu as "negociações" pelo lado do CPA reagido muito mal à recusa em subscrevermos incondicionalmente tal documento.
Depois, o CGA nunca aceitaria, como não aceitou - por uma questão de princípio - entabular qualquer discussão sobre processos de convergência com quem quer que fosse, quando à partida nos eram apresentadas "exigências" de subscrição de um documento para o qual não demos o nosso contributo e que ainda por cima já vinha subscrito pelo "inimigo", a saber, entidades do universo campista e quejandos!
Goradas as "negociações" e adquirida a consciência de que o que se pretendia era afinal meter tudo no mesmo saco (!), partiu-se pouco tempo depois para a constituição da FPA, processo no qual me envolvi, como muitos outros, ativamente, e do qual não me arrependo nada.
Moral da história: quem tudo quer...
O curioso é que a mesma pessoa (e não me refiro ao companheiro!) que na altura considerava elegíveis para a tal reunião os "clubes ligados diretamente ao autocaravanismo", agora os considera associados a um projeto e a uma federação que "pretende descriminar negativamente as ACs"!
Dito de outro modo, se fizeres o que eu quero, és um tipo porreiro! Se não fizeres, levas...
Está-se mesmo a ver que é por aqui que o CPA vai conseguir levar a água ao seu moinho!
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Re: Autocaravanismo - as raposas e o galinheiro

Mensagempor Euroviajante » domingo dez 07, 2014 7:04 pm

Boa tarde companheiros
Congratulo pela forma cívica, educada como a evolução etimológica tem vindo a ser realizada.

Permitam-te concluir, das posições que aqui foram expressas, que o que difere fundamentalmente na forma como o conceito autocaravanismo (AC) é visto é no facto de uns conceberem que a viatura pode ficar estacionada onde for permitido e outros limitam o tempo de permanência num local.

Ora quanto a mim há que dirimir o conceito de estacionamento de viatura e de parqueamento/ pernoita. A viatura no estacionamento, pode e deve ser trada com outra qualquer viatura, contudo enquanto AC para parqueamento/pernoita tem que haver regulamentação e locais próprios, pois dormir na via pública obedece a regras de segurança e higiene, como em outros países europeus. A ideia que estar estacionado num parque de estacionamento normal e, dormir nesse local, parece-me não serem sinónimos.

Estes locais públicos ou privados podem ser limitados no tempo, dependo das ofertas de lugares e dos interesses económicos. A postura da FPCM e da FPA, parece-me, corrijam-me caso esteja errado, é enquanto uns querem condicionar o parqueamento os locais aos parques de campismo, outros nem concebem que haja essa possibilidade. Ora a solução mista é a mais indicada, contudo há que ajustar os preços e localizações de parqueamento dentro dos parques de campismo. Para mim campista durante muitos anos, parquear num parque não é o mesmo que estar a acampar.

Da minha experiência profissional, dos múltiplos contatos com diferentes cores politicas no poder, aprendi que o que conta para apreciação dos assuntos, são o peso da representatividade na opinião publica que o assunto vai ter (quantos votos pode dar), mais que as entidades que o apresentam. A FPCM se perder a parte do AC deixa de tanto peso na representação, contudo a FPA, ao dizer que tem 3 ou 4 ou 5 clubes não tem peso perante o poder politico, mais a mais é uma outra entidade que está na mesma esfera de outra, dois galos no mesmo poleiro.

Não me revejo na FPCM, nem na FPA, não sou sócio de nenhum clube (exceto CAA :P ), nada tenho contra quem seja, nem nada contra os atuais clubes, mas estamos a falar, emendam se estiver errado, de um minoria de representação de autocaranistas.

Porque será que não há mais inscrições de autocaravanistas nos clubes?

A proliferação de “clubezinhos” julgo que não será benéfica para o AC, visto que os atuais clubes já não se entendem. Estou convicto que é necessário uma única entidade representativa dos autocaravanistas, embora, julgue que os clubes não tenham lá lugar. Como aqui foi dito o AC não é uma modalidade de competição, julgo nem haver propósito a tal, então, porque os clubes têm de ter representação?

Nota: O meu escrito não tem nada contra pessoas, clubes, os quais reconheço que muito de positivo tem feito para o AC, apenas é uma acha para a discussão.

Cumprimentos
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Re: Autocaravanismo - as raposas e o galinheiro

Mensagempor Henrique Fernandes » segunda dez 08, 2014 7:58 am

Companheiro Euroviajante:
Não é inteiramente verdade que "o que difere fundamentalmente na forma como o conceito autocaravanismo (AC) é visto é no facto de uns conceberem que a viatura pode ficar estacionada onde for permitido e outros limitam o tempo de permanência num local". Isso é o que a campanha a que me referi na abertura deste tópico pretende fazer crer. De facto a FPA não defende que se limite, como regra geral, o tempo de permanência, a não ser que essa seja a regra para todas as viaturas do mesmo gabarito e simultaneamente a fórmula para combater e anular as proibições totais atualmente existentes nesses locais. Por outro lado, como se demonstrou pelas intervenções de outros companheiros, a FCMP defende, ou pelo menos defendia abertamente até há bem pouco tempo, que as ACS "deveriam recorrer a um parque de campismo". E continua a defendê-lo, lá bem fundo, no silêncio do seu pensamento...
Pelo meio houve companheiros que aceitaram, neste tópico, o princípio geral da rotatividade (os tais limites de 48 ou de 78 horas), o que é coisa diferente e subsumível ao princípio da livre opinião, dado que tal limite pode ser legalmente previsto nos regulamentos camarários e desde que não incorpore qualquer discriminação tangente à função das viaturas.
Por outro lado, a FPA nada tem a opor à utilização de parques de campismo por ACs. Não admite é que isso aconteça no âmbito de uma estratégia de condicionamento das opções dos autocaravanistas.
Quanto à questão de ter de "haver regulamentação e locais próprios, pois dormir na via pública obedece a regras de segurança e higiene, como em outros países europeus", recordo que as ACs são exatamente os veículos melhor preparados - e para isso estão homologados - para essa função. E tanto quanto eu saiba, pelo menos em Portugal, não existe legislação que impeça alguém de dormir dentro de uma viatura, seja uma Ford Transit, um Fiat Punto, ou um Renault Clio, o que é bem pior do que se dormir numa AC.
Por outro lado, tem o companheiro toda a razão quando coloca a questão da representatividade.
De facto, em termos numéricos, a representatividade da FPA é ainda baixa, por ser débil o movimento associativo a montante (apenas 3 clubes).
Quanto à FCMP, a questão é ainda mais delicada, pois a noção de representatividade coloca-se em termos de "qualidade" e não tanto de "quantidade". Representando o CPA (agora AAP) o grosso do universo autocaravanista incorporado na FCMP, assiste-se a uma dialética algo paradoxal entre as expectativas de uma entidade e da outra. Em linguagem comum poderia dizer-se que a AAP/CPA tenta "forçar" a FCMP (nomeadamente através da tal "comissão de autocaravanismo") a apanhar o comboio dos tempos modernos, mas sem grande eficácia. Isso faz com que a representatividade da FCMP relativamente ao autocaravanismo, a qualquer forma de autocaravanismo, tenha assim uma legitimidade objetiva e útil pouco maior do que zero.
Quanto "à proliferação de clubezinhos", discordo do companheiro. Acredito que é exatamente por essa via que deveríamos prosseguir. Olhe para o exemplo da França, onde os "clubezinhos" são às dezenas. Se existissem mais 10 ou 20 clubes em Portugal, a força representativa da FPA seria outra, como atrás bem insinuou o companheiro. O problema é que essa é a essência da nossa tragédia: por cultura ou tradição, somos um povo pouco dado a associativismos, sobretudo quando eles não trazem qualquer benefício material aos seus intervenientes, como é o caso da FPA e dos clubes que a integram. E isso explica muito acerca da situação em que o país se encontra, quando aplicado aos mais diversos campos da nossa vida económica e social.
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Re: Autocaravanismo - as raposas e o galinheiro

Mensagempor jorge santos » segunda dez 08, 2014 6:47 pm

Companheiros,
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F.P.A.
C.A.S.
C.A.I.
Abeceira
Apesar de não poder incluír P.Moz Barbosa, na lista acima, apraz-me registar , respeitosamente, o mérito de diálogo sempre correcto, na defesa do posicionamento suportando o alinhamento do seu clube com a federação.
Senhores,
Tenho para mim como certeza absoluta, de quem vem defendendo as suas razões desde 28/11/14, em oposição à Federação/CA e CPA, bem patente nos longos e variados "posts" por agora, já sabe como eu, o que é preciso fazer.
Talvez um ou dois dos mais recentes intervenientes ainda não tenha tomado parte nos intermináveis debates no Fórum do CC Portugal, com os mesmos protagonistas, mesmos alvos, aproximadamente os mesmos motivos.
Permitam-me que sem "paninhos quentes" vá ao cerne da questão.
A Federação por todos os motivos que julgou válidos, arrogou-se representante do autocaravanismo português. Porquê ?
Porque todos nós, entretivemo-nos a enviar mensagens, discutindo, como muitos dizem - o sexo dos anjos e outras tantas imbecilidades, deixámos que meia dúzia de homens da agora FCMP, que nunca praticaram autocaravanismo, destinassem o que é bom para nós ( autocaravanistas itinerantes ).
Tem sido um bom passatempo para os membros da Federação rirem-se desde há alguns anos, da nossa impotência, quezílias e querer esboroar com as nossas tiradas, o castelo granítico da federação.
É difícil compreender como ainda hoje, muitos persistam em ignorar o que é crucial e se exponham, desnecessáriamente ao ridículo.
O que é que nos interessa a federação ? Quem quer saber do membro a,b,c ou d, duma pretensa CA que alegadamente se autoproclama defensora do autocaravanismo ?. Quem se importa com o alinhamento CPA-AAC, federação ?
Devemos tirar o riso da cara, àqueles que se divertem à nossa custa, fazer com que os derrotistas, não digam mais "já foi tudo tentado !"
Para isso, em vez de analizar - fazer !
Em vez de escalpelizar - trabalhar !
Em vez de publicitar - silenciar !
Só peço que nos encontremos um fim de semana nos equidistantes, Castelo Branco / Portalegre / Elvas, em consideração dos que viajam da Guarda, Porto, Coimbra, Lisboa ou Faro.
Para o efeito, agradeço que me contactem :
j.j.s.pereira37@Gmail.com
Cumprimentos
Jorge Santos - Cascais
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Re: Autocaravanismo - as raposas e o galinheiro

Mensagempor fluis » terça dez 09, 2014 3:50 pm

Boa tarde,

Claro que me tenho de congratular pelo nível elevado com que o dialogo tem sido efetuado.
Quero no entanto chamar a atenção que houve algumas intervenções que estiveram no limiar de uma intervenção da moderação, pelo que solicito a todas a máxima atenção no cumprimento da regra nº 24, já que todos os clubes/instituições merecem o máximo respeito por parte da administração do fórum, sendo que neste caso o CPA tem sido o mais visado por algumas das intervenções, e não poderemos permitir mais intervenções nesse sentido.
Chamo também a atenção que, a discussão em relação à ação interposta pela FCMP à constituição da FPA, encontra-se fora de âmbito e deverá ser discutida e resolvida fora daqui, diretamente entre os intervenientes.
Vamos então manter este tópico, para ajudar a esclarecer os companheiros que seguem este fórum, em relação à linha de atuação da FPA em relação ao autocaravanismo, sem entrarmos em questões exclusivamente internas, e evitando fazer comparações diretas entre clubes/instituições.
Fernando Luís
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Re: Autocaravanismo - as raposas e o galinheiro

Mensagempor Paulo MB » quarta dez 10, 2014 12:38 am

Boa noite,
Congratulo-me com a chamada de atenção feita pelo moderador Fernando Luís, pois para mim esta troca de mensagens tinha chegado ao fim. Mas esta intervenção fez-me regressar.

Caro Henrique Fernandes: Percebe-se que foi mal informado quando nos diz: Porque alguém do CPA exigiu na altura que antes de qualquer reunião (!!) os clubes "convidados" (no caso em apreço o CGA, o CAS e o CAI) subscrevessem desde logo uma coisa denominada "declaração de princípios"
Estou em condições de lhe garantir que tal não corresponde aos factos passados. Tenho em meu poder, por constar dos arquivos do CPA, a carta escrita em outubro/novembro de 2011 que o meu antecessor na presidência do CPA enviou ao dirigente José Ricardo da Silva Pires, para que fosse dada a conhecer aos três clubes, que refere o seguinte: “Estou (e o CPA) convicto de que continua a ser do interesse do Movimento Autocaravanista de Portugal que o CAI (Clube Autocaravanista Itinerante), o CAS (Clube Autocaravanista Saloio), o CGA (Clube Cardingo de Autocaravanas) e o CPA (Clube Português de Autocaravanas) se encontrem e analisem eventuais formas de colaboração e de decisão, com base em princípios que não aceitem a discriminação negativa do autocaravanismo.
Agradeço, pois, que em meu nome (e do CPA) renove junto destes três Clubes a minha (nossa) proposta para que este encontro entre Clubes se concretize.”
Foi esta a 2ª vez que tal se verificou, pois já no dia 26 de março de 2011, a mesma proposta tinha sido feita pessoalmente a si pelo meu antecessor por ocasião da assembleia geral do CPA em Torres Novas, à qual assistiu em representação do Clube Cardingo de Autocaravanas. Como se lembra, a resposta que transmitiu, em nome destes 3 clubes, foi negativa.

Não encontra nas nossas propostas qualquer referência à obrigatoriedade que acima nos relata. O que se vê na sua mensagem é uma atitude preconceituosa sobre o “inimigo” (classificação que utilizou para se referir a quem não pensa o autocaravanismo como o tem aqui defendido).
Para a Associação Autocaravanista de Portugal – CPA (nome oficial do CPA e devidamente registado em 2012) não há que desconsiderar aqueles autocaravanistas que pensam diferente dos que se dizem exclusivamente itinerantes. Respeitamos as diferentes formas de usufruir de uma autocaravana. A chamada Declaração de Princípios não é mais do que uma plataforma de diálogo onde estão bem referenciados os pontos em que acreditamos, assim como as organizações que nos acompanham nesse documento. Mas quem fala em obrigatoriedade de o assumir para dar início a um diálogo franco e aberto? Onde está essa exigência escrita?

Termino com um pedido de esclarecimento: onde pode ser lido o documento que foi por si citado no 1º post deste tema? Estou certo que a sua divulgação permitiria tornar esta troca de opiniões mais eficiente.

Fico-me por aqui, aguardando que o tempo resolva o que até ao momento não foi possível concretizar.
Um abraço,
Paulo Moz Barbosa
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Re: Autocaravanismo - as raposas e o galinheiro

Mensagempor Henrique Fernandes » quarta dez 10, 2014 8:44 am

Caro Paulo Moz Barbosa:
Uma vez que se faz história, diga-se que corresponde à verdade apenas uma parte da intervenção do companheiro.
O problema é aquilo que o companheiro não diz, o que admito que aconteça por desconhecimento do que efetivamente ocorreu.
A "exigência" a que me referi ("aceitação incondicional da declaração de princípios") foi reforçada, VÁRIAS VEZES, pelo seu antecessor, na conversa que tivemos no referido dia 26 de março de 2011. NÃO ESTÁ ESCRITO, MAS FOI ASSIM QUE ACONTECEU. E isso foi até agora um problema.
Fica também a saber que, na altura, o primeiro clube a não concordar com esta "exigência", por ter, como era seu direito, uma abordagem um pouco diferente a certos aspetos da referida "declaração de princípios", foi o CAI, que por sinal apresentou razões bem atendíveis para justificar a sua posição.
Se estes desenvolvimentos não ficaram registados nas vossas atas e cartas, é problema vosso, porque do lado do CAI, do CAS e do CGA não faltam testemunhas de como na altura este "problema" surgiu e contribuiu para emperrar tudo.
Relativamente à expressão "inimigo", tenho os preconceitos que muito bem quiser, por muito que isso incomode terceiros. Além disso o companheiro é uma pessoa inteligente e decerto percebeu muito bem o significado das aspas na expressão usada. Vamos por isso preocupar-nos com o conteúdo das coisas, e não com a forma...
Por último, não existe "um documento" que tenha dado origem à abertura deste tópico. Existe uma campanha, com vários "documentos". E a pior coisa que se deve fazer, quando estas coisas surgem, é dar a este tipo de campanhas o privilégio do alargamento do seu espaço de intervenção. De qualquer modo, se o, ou os responsáveis pela campanha entenderem promover aqui os seus argumentos, caso a moderação o permita, cá estarei para responder à altura.
Para terminar, e uma vez que depreendo das suas intervenções que a subscrição prévia da "declaração de princípios" já não é (ou, na sua perspetiva, nunca foi) um problema, manifesto aqui a minha disposição para contribuir para o tal "encontro de clubes e para a análise de eventuais formas de colaboração e de decisão". Embora não possa falar em nome do CGA, estou convicto de que não haverá oposição. E tenho razões para crer que da parte dos outros dois clubes a disponibilidade também existirá.
Por isso, se o companheiro nada tiver a opor, comprometo-me a dar início às diligências necessárias para o efeito.
Saudações gardingas
Editado pela última vez por Henrique Fernandes em quarta dez 10, 2014 7:28 pm, num total de 2 vezes.
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