O que se lê na imprensa....

Assuntos gerais relacionados com autocaravanismo.

Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor fluis » sexta jan 08, 2021 3:37 pm

Boa tarde,

Também no público este artigo, que se basea nesta petição: http://campingcarportugal.com/forum/vie ... =12&t=9216

Jornal Público Escreveu:Novo código da estrada gera críticas dos autocaravanistas, que se dizem num colete de forças
Vai entrar em vigor um novo diploma legislativo que proíbe a pernoita e o aparcamento de autocaravanas nos parques de estacionamento, nas áreas de descanso e em qualquer outro lugar que não os destinados a estes veículos.
Com a entrada em vigor as alterações ao Código da Estrada, expressas no novo articulado do artigo 50-A, do Decreto-Lei n.º 102-B/2020, a pernoita e aparcamento de autocaravanas em todos os lugares que não sejam designados para este tipo de viaturas e em todo o território nacional passa a ser proibida. Só será permitido o seu estacionamento em Áreas de Serviço para Autocaravanas, parques de campismo ou parques exclusivos para autocaravanas.

Na sequência desta decisão, surgiram nas redes sociais vários protestos a contestar as alterações ao Código da Estrada com uma observação crítica: os critérios seguidos pelo legislador “vêm afectar a liberdade e a forma como o autocaravanismo é encarado em Portugal”. Sandra Santos, subscritora da petição “ Pela alteração do art.50-A, do Código da Estrada”, enviada ao presidente da Assembleia da República, observa: A partir de agora “não existe uma situação análoga à portuguesa em toda a Europa”, pelo que pede a “revogação ou alteração” do artigo 50-A.

A petição sustenta, ao longo de 95 parágrafos, “a forma bizarra” como se fundamentaram as alterações legislativas, destacando as contradições que a subscritora analisou exaustivamente, vincando que as mesmas colidem com a própria Constituição da República e decisões tomadas pelo Tribunal Constitucional. As “acções estaduais não devem, para realizar os seus fins, empregar meios que se cifrem, pelo seu peso, em encargos excessivos (e, portanto, não equilibrados) para as pessoas a quem se destinem” (Acórdão do Tribunal Constitucional nº 632/2008, de 23-12-2008).

E alerta para a dimensão das consequências que as alterações ao artigo 50-A podem vir a suscitar no futuro, destacando “os abusos e atropelos aos direitos, liberdades e garantias, com fiscalizações e interpretações arbitrárias e desproporcionais” que pode vir a propiciar, para além de “ferir um dos mais icónicos direitos”, constitucionalmente consagrado: “a liberdade”.

A isenção pela qual se deve pautar a acção estatal é violada de forma grosseira, acentua a petição, destacando a recente Resolução do Conselho de Ministros n.º 38/2020, de 17 de Maio, que a pretexto do combate à pandemia do coronavírus, proibiu a paragem de autocaravanas em locais de estacionamento. Nela se refere que “os espaços adequados para a permanência e pernoita de autocaravanas e similares são os parques de campismo e autocaravanismo.” Porém, todos os lugares de estacionamento são adequados para veículos ligeiros, desde que devidamente estacionados e sem realização de acampamentos, quer estejam com ou sem ocupantes, sublinha-se.

Apesar de se tratar de uma legislação temporária, veio antecipar o que a petição interpreta como sendo “algo sem correspondência no direito dos países da UE e com consequências perversas” que encerra aspectos de natureza jurídica que “vão dar azo a interpretações arbitrárias, a confusão e à instabilidade” nomeadamente “o conceito de autocaravana e similar”.

Conceitos de espaço habitacional e pernoita criticados
Com efeito, o artigo (50-A) em análise define como sendo “autocaravana ou similar” o veículo que apresente um “espaço habitacional ou que seja adaptado para a utilização de um espaço habitacional”. Ou seja, basta que o veículo apresente um espaço habitacional para que caiba no conceito apresentado. A petição faz referência a certas cabines de camiões que “criam um excelente conforto habitacional e para dormir” em “camas de alta qualidade”.

Questionando os critérios seguidos pelo legislador, que se terá importado “exclusivamente com os veículos classificados como autocaravanas”, sublinha que a norma conduz sempre a situações “aberrantes”: “ou as cabines dos camiões são autocaravanas ou vamos assistir a mecanismos para contornar a norma colocando em causa a segurança habitacional e a saúde pública.”

É, contudo, o conceito de pernoita que merece dos peticionistas a crítica mais contundente. O legislador passou a considerar pernoita “a permanência de autocaravana ou similar no local do estacionamento, com ocupantes, entre as 21h00 horas de um dia e as 7h00 horas do dia seguinte”.

Ora, o termo “permanência” é um conceito “ambíguo, sem expressão no nosso ordenamento jurídico, e que vai levar, invariavelmente, à discricionariedade”, acentua a petição, recorrendo ao Código da Estrada que concebe e define dois tipos de imobilização das viaturas: a paragem e o estacionamento. No primeiro caso, para a entrada ou saída de passageiros ou para breves operações de carga ou descarga. Considera-se estacionamento quando a imobilização de um veículo que não constitua paragem e que não seja motivada por circunstâncias próprias da circulação.

A partir daqui os peticionistas perguntam: “o que é a “permanência”? A paragem? O estacionamento? A estadia continuada na extensão de todo o período das 21 horas às 7 horas? Ou fica ao critério de quem fiscaliza?” Realçam o caricato: Se o autocaravanista imobilizar a viatura e estiver dentro dela a consultar o mapa ou a aguardar que o cônjuge venha do supermercado, está, a na verdadeira acepção da palavra, a permanecer dentro dela. Isso constitui infracção?”

Qual a razão, lê-se na petição, que o legislador encontrou para “permitir o descanso dentro de uma qualquer viatura, com excepção da autocaravana” presumindo-se que “todos” poderão continuar a descansar, enquanto os autocaravanistas, terão de se manter em marcha se não encontrarem um local “expressamente” autorizado para o efeito. Confrontados com os condicionalismos impostos, “estamos perante “o mais completo alheamento pela segurança rodoviária” sintetiza a petição.

Com a entrada em vigor do novo diploma legislativo, “Portugal será visto como um país difícil de visitar”, apenas acessível “para breves incursões de um dia, iniciadas e finalizadas a partir de Espanha”, concluem os contestatários.



Ligação: https://www.publico.pt/2021/01/08/local ... as-1945552
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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor time_out » sábado jan 09, 2021 5:54 pm

Câmara de Porto de Mós quer regulamentar autocaravanismo no concelho

O executivo municipal aprovou, na última reunião de Câmara, o projeto de regulamento municipal para o exercício da atividade de autocaravanismo, que tem como objetivo a criação de um circuito que potencie o turismo no concelho.

De acordo com o regulamento, em Porto de Mós só será permitido o aparcamento de viaturas com a finalidade de pernoitar nos locais legalmente consignados e definidos. Fora dos locais destinados à prática do autocaravanismo, apenas será autorizado o estacionamento de viaturas, de acordo com o Código da Estrada.

A proposta da Câmara prevê ainda que aparcamento e a estadia em espaços destinados exclusivamente a autocaravanas fiquem condicionados ao pagamento de uma taxa de utilização, limitada no tempo, e às demais normas estabelecidas para o efeito. O regulamento preparado pela autarquia estipula o pagamento de 3 euros por dia, que apenas será cobrado a partir do sétimo dia.

Os utilizadores voltarão a usufruir de sete dias de estadia gratuita caso regressem após um mês ou de três dias caso saiam e regressem em menos de um mês.

“O objetivo é que os caravanistas circulem gratuitamente durante um mês e que usufruam de uma diversidade maior do nosso turismo que tem tido cada vez maior procura”, explica ao REGIÃO DE CISTER o vereador do Desporto, da Cultura, do Turismo e Ambiente da Câmara de Porto de Mós. “Os visitantes passam normalmente a maior parte do tempo na mesma área de serviço e pretende-se, assim, que libertem os espaços para que estes possam ser ocupados por outros turistas que vêm à descoberta do concelho”, acrescenta Eduardo Amaral.

No concelho estão consignadas as áreas de serviço de autocaravanas de Mira de Aire, Porto de Mós e São Bento, geridas pela Câmara de Porto de Mós, e também a área de serviço de autocaravanas de Pedreiras, que é gerida pela Junta de Freguesia.

A autarquia encontra-se também a preparar um espaço idêntico no Arrimal, junto ao parque de campismo, que foi recentemente requalificado para oferecer melhores condições aos seus utilizadores.

Atualmente, pernoitar nas áreas de serviço de Porto de Mós, instalada no Parque Almirante Vítor Trigueiros Crespo, e Mira de Aire, espaço instalado na Avenida Mota Pinto, junto ao pavilhão gimnodesportivo e estádio do União Recreativa Mirense, é gratuito e existem diversos serviços grátis disponíveis.

Os autocaravanistas têm à disposição pontos de eletricidade que podem usar livremente. Na área de serviço de São Bento, inaugurada há cerca de um ano, as vantagens para os utilizadores são idênticas.

Depois de ir a discussão pública, o projeto de regulamento municipal para o exercício da atividade de autocaravanismo, terá de voltar a ser aprovado em reunião de Câmara.

in Região de Cister
https://regiaodecister.pt/noticias/camara-de-porto-de-mos-quer-regulamentar-autocaravanismo-no-concelho
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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor fluis » terça jan 12, 2021 11:52 am

Bom dia,

Artigo de hoje do Jornal Público, com uma entrevista áudio a um casal autocaravanista:
https://www.publico.pt/2021/01/12/socie ... ar-1945935
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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor fluis » quarta jan 13, 2021 7:57 pm

Boa noite
Um artigo bastante completo, no luxemburgo times (Contacto é a versão portuguesa) onde está posição de um casal de autocaravanistas, do CPA e da FPA, e não deixam sequer escapar a satisfação da AHRESP pela legislação ir de encontro às suas solcitações ao governo:

https://campingcarportugal.com/forum/po ... f=9&t=4077

Contacto Escreveu:A REVOLTA DAS AUTOCARAVANAS EM PORTUGAL
A nova legislação portuguesa que proíbe a pernoita e o aparcamento de autocaravanas em todos os locais que não sejam expressamente designados para o efeito está a gerar uma onda de protestos online.
Luís Pina, 31 anos, e Andreia Pereira, de 30 anos, emigraram para a Alemanha em 2012. Luís trabalhava numa empresa de engenharia e Andreia na área da restauração. Viveram por lá alguns anos, até que decidiram mudar de vida. Em 2017, como já se dedicavam à fotografia e produção de vídeo, abandonaram as terras germânicas e com o dinheiro guardado quiseram começar um negócio no campo das viagens, dedicando-se exclusivamente à produção de conteúdos digitais.

A ideia inicial era fazerem-no de mochila às costas, mas feitas as contas ao que isso implicava, decidiram comprar uma carrinha, que reconstruiram durante sete meses e legalizaram como auto-caravana, permitindo-lhes viajar, mas sem sair de casa. Luís e Andreia deram início à sua viagem em 2019, partilhando em diferentes plataformas os locais que visitavam e as aventuras que vinham com o novo estilo de vida.

O casal explica ao Contacto que a intenção do projeto Travel Inspire é, tal como o nome indica, inspirar outras pessoas a viajarem, mostrando “que há sítios lindos em todo lado”. A viagem por Portugal levou-lhes sete meses, “a trabalhar a tempo inteiro e por isso a viajar de uma forma muito lenta, conhecendo muito bem cada local que visitamos”, conta Luís.

Foi precisamente através da página de Instagram “Travel Inspire” que o casal, publicou uma chamada de atenção à alteração do Código da Estrada e consequente proibição de pernoita de autocaravanas em todo o território nacional a partir do dia 9 de janeiro deste ano. A publicação tornou-se viral, o que foi uma surpresa para o casal que pretendia partilhar informação sobre a nova lei, bem como dar a conhecer as petições criadas por individuais autocaravanistas.

Lei essa que vai mudar a vida de Luís, Andreia e de Nacho, o cão simpático que viaja com eles, mas também de muitas outras pessoas que utilizam autocaravanas como forma de habitação permanente.Em causa está o Decreto-lei 102-B/2020 com a atualização do Código da Estrada, que entrou em vigor esta sexta-feira, dia 9 de janeiro.

As alterações aprovadas em novembro, incluem não só multas agravadas para o uso do telemóvel ao volante e a perda de três pontos na carta de condução, mas também a proibição de aparcamento e pernoita de autocaravanas fora dos locais autorizados, através do artigo 50.º da nova lei.

Neste artigo, considera-se “aparcamento”, o estacionamento do veículo com ocupação de espaço superior ao seu perímetro e como “autocaravana ou similar”, o veículo que apresente um espaço habitacional ou que seja adaptado para a utilização de um espaço habitacional, classificado como “autocaravana”, “especial dormitório” ou “caravana” pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes. Já “pernoita” identifica-se como “a permanência de autocaravana ou similar no local do estacionamento, com ocupantes, entre as 21:00 horas de um dia e as 7:00 horas do dia seguinte”.

No final do Conselho de Ministros realizado a 27 de novembro, a secretária de Estado, Patrícia Gaspar, disse que as novas alterações indicam, na prática, os locais onde as autocaravanas podem aparcar e pernoitar, destacando que estacionar “é uma coisa diferente”, citava a agência Lusa. Segundo a governante, aparcar e pernoitar passa a ser apenas permitido nas zonas previamente designadas para o efeito, o que exclui todas as outras que não estão referidas no diploma.

A vida dos que moram sobre quatro rodas nunca mais será a mesma. “No nosso caso afeta-nos muito, pois nós viajamos, trabalhamos e vivemos a tempo inteiro na nossa autocaravana”, comenta Andreia.

“Com esta nova lei somos obrigados a viajar mais depressa, gastando mais combustível, e não temos a liberdade de parar num estacionamento normal na via pública, para pernoitar e no dia seguinte seguir viagem”, explica acrescentado que a partir de agora terão de estar constantemente à procura de sítios “designados para autocaravanas”. “Para além da manutenção normal da autocaravana (a cada 3-4 dias no nosso caso), mas agora temos de procurar todos os dias para a pernoita. Isso faz com que num dia tenhamos de fazer muitos quilómetros, porque muitos municípios em Portugal não têm essas condições”.

“A verdade é que existem pessoas em situações ainda mais complicadas, que por vezes têm trabalho fixo numa cidade e nem sequer têm uma Área de Serviço para Autocaravanas (ASA) perto e por isso ficam muito mais limitadas. Nós felizmente temos a oportunidade de trabalhar a partir de qualquer lugar e por isso a nossa intenção, neste período de transição e adaptação (e quando a pandemia nos deixar também) é de ir para o estrangeiro à procura de melhores condições”, lamenta.

Ambiente, lóbis e turismo
Ao Contacto, o Turismo de Portugal respondeu por e-mail exatamente o mesmo que o gabinete da Secretária de Estado do Turismo, mencionando o autocaravanismo como “um segmento do mercado turístico em franco crescimento em Portugal, muito associado à crescente valorização pelos turistas das experiências de proximidade com os valores naturais e culturais dos destinos visitados”. Porém, “o crescimento desta modalidade de turismo comportando desafios reais, atinentes ao ambiente, à saúde pública, ao território e às populações, aos quais é necessário dar resposta”.

Em causa, estará a prevenção de “situações com consequências negativas na paisagem, no ambiente, no ordenamento do território e na saúde pública”.Há algum tempo que no litoral se apresentavam queixas de moradores em relação ao estacionamento descontrolado de veículos em zonas como a costa vicentina, sudeste alentejano, Algarve e até mesmo em zonas protegidas de Sintra. Só no dia 12 de setembro de 2020, a Guarda Nacional Republicana (GNR) detetou 58 infrações e identificou outros tantos cidadãos pela prática de campismo e caravanismo ilegal no Parque Natural do Sudoeste Alentejano, na costa vicentina.

Tendo este fluxo aumentado no período pós-confinamento, o aumento exponencial no número de viaturas alugadas pela costa portuguesa, associações como a Rota Vicentina denunciaram que “passou a ser frequente encontrar lixo e dejetos humanos ao longo da costa”.

Luís e Andreia fazem questão de sublinhar que não são contra a fiscalização sobre práticas de campismo ilegal. “Já existe inclusive, a lei que proíbe a pernoita em parques e reservas naturais e áreas protegidas, e por isso o problema na Costa Vicentina deveria ter sido resolvido de outra forma, que não a total proibição de pernoita de Autocaravanas em todo o território nacional”, explica o casal.

Andreas, conhecido como o The Trash Traveler (O Viajante do Lixo), este verão caminhou 832 km pela costa Portuguesa para recolher plástico, seguido pela sua autocaravana, onde habita normalmente, como assistente de missão. Inserido e bem conectado na comunidade de pessoas que vivem em autocaravanas, conhecida como “vanlifers” portugueses e internacionais, considera que esta é uma lei “a ser dura para todo o país, mas não uma solução justa”. Para o biólogo, este é uma comunidade que se preocupa com o ambiente “mais do que qualquer outra”.

“Estamos ligados à natureza e vemos estas questões numa base diária: As pessoas têm casas de banho nas suas carrinhas ou vão a restaurantes ou bares e compram algo para ter acesso a uma casa de banho. Temos mesmo a regra de que precisamos de deixar sempre lugares melhores do que os que encontramos. Portanto, há pessoas que até limpam depois das outras porque nos preocupamos muito”.

Considera que, de facto, existe o problema de “alguns autocaravanistas fazerem necessidades na natureza e deixarem lá o seu papel higiénico. Além disso, alguns, infelizmente, não se importam com os locais onde ficam. No entanto, é uma minoria que o faz. Como em todas as questões: uma minoria é suficiente para colocar uma perceção negativa sobre todo o grupo”, comenta.

“A quantidade de carrinhas no Algarve e na Costa Vicentina é incrivelmente elevada. E compreendo que essas áreas estavam a levar à imposição desta lei. Faltam infra-estruturas para pernoitar, lixo e casas-de-banho. Uma melhoria desta infra-estrutura seria um primeiro passo, mas não uma lei que proíba tudo. Seria necessário aplicar multas maiores ao estacionamento ilegal, ao lixo e ao fazer necessidades na natureza. Não uma lei que proíba tudo”.
Em paralelo, e no sentido de explorar todas as potencialidades do segmento turístico, “tão importante para Portugal”, o Turismo de Portugal e o gabinete da Secretária de Estado do Turismo referiram por e-mail que se está a desenvolver o Programa de Ação para o Autocaravanismo Responsável, com o objetivo central de dar resposta a alguns dos desafios associados à prática da modalidade, nomeadamente, através da criação de uma rede nacional de Áreas de Serviço para Autocaravanas (ASA) que “dê resposta à procura crescente destes espaços de acolhimento para autocaravanistas, da promoção de mais e melhor informação sobre os locais onde é permitido estacionar, pernoitar e aparcar, e da sensibilização dos praticantes da modalidade para o necessário respeito pelo território, pelo ambiente e pelas populações dos locais visitados”, lê-se.

Na página web do Turismo de Portugal, informa-se que “a primeira Área de Serviço para Autocaravanas (ASA) inaugurada, localizada em Ponte de Sôr – Alentejo, é um dos 41 projetos de 27 municípios do Alentejo e Ribatejo com candidaturas apresentadas ao apoio financeiro no âmbito do Programa Valorizar, para criação ou requalificação de ASA nos respetivos territórios”.

Mas ficam perguntas por responder. Qual será a solução prática para quem já está neste momento a morar em Portugal neste tipo de veículos? Quantas ASA existem ativas neste momento em todo país? Para onde é que se devem dirigir todos as pessoas que usam estes veículos como habitação em zonas que não existam estes espaços designados? De que forma é que estes veículos vão poder circular, se tiverem de efetuar uma paragem não programada e não existir nenhuma ASA disponível nas proximidades? Haverá preços mais acessíveis para autocaravanas em parques de campismo?

Manuel Bragança, presidente da Federação Portuguesa de Autocaravanismo (FPA), diz que a posição da FPA é de absoluta perplexidade. “Perplexidade e tristeza, pois não entendemos como é que num país comunitário, onde as regras referentes aos Códigos da Estrada e respetiva sinalética rodoviária, tendem a ser uniformes, Portugal cria legislação que não tem paralelo com nenhuma existente na Europa”.

“A cedência a interesses inconfessáveis de lóbis instalados, propiciou toda esta acérrima animosidade contra o autocaravanismo, que se iniciou com o aparecimento da pandemia e culminou, agora, a pretexto da transcrição de diretivas comunitárias para o nosso ordenamento jurídico, e de uma forma quase ínvia, com este Decreto-Lei. Não se consegue entender o alcance legislativo da medida ora proposta nesta legislação, porquanto um cidadão está proibido de usufruir do seu bem no espaço temporal entre as 21:00 e as 07:00 do dia seguinte, mas o mesmo cidadão no mesmo local, na mesma autocaravana, pode, depois da 07:00 fazer o que bem lhe entender”, comenta ao Contacto.

“Consideramos ser um Decreto-Lei manifestamente violador dos princípios e direitos fundamentais autocaravanistas, que, cremos, ainda nos assistem. Somos contra o autocaravanismo sem regras; aplaudimos o conceito de aparcar plasmado no Diploma; não concordamos com a proibição de pernoita vertida na lei. Pernoitar e Acampar são coisas completamente distintas”, completa.

Mas a FPA não está sozinha quando meciona a existência de lóbis na atualização desta lei. Tanto nas petições a circular, quanto em publicações de variados autocaravanistas, levanta-se a questão do lóbi dos parques de campismo, e hotelaria.

No boletim de 11 de dezembro da Associação da Hotelaria Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) escreveu que "na sequência das solicitações da AHRESP, está proibida a pernoita e aparcamento de autocaravanas ou similares em locais não autorizados para o efeito (...) A AHRESP saúda esta medida do Governo, que terá como resultado o combate às situações de ilegalidade recorrentes, que prejudicavam as populações locais, o meio ambiente e os agentes económicos que investiram nos espaços licenciados para acolhimento de autocaravanas e similares".

Para Paulo Moz Barbosa, presidente da Associação de Autocaravanismo de Portugal (CPA) o problema está essencialmente na definição de pernoita. "As outras alterações que têm que ver com o autocaravanismo são por nós aplaudidas, parecem-nos corretas e vão permitir que se criem regras dentro da lei do Código da Estrada", explica.

No entanto, para Paulo Moz Barbosa é claro que o legislador "não tem ideia" do que é uma autocaravana ao criar o conceito de pernoita daquela forma. "Compreendemos que não deva ser permitido estacionar nos locais que as autoridades entendam que são prejudiciais à paisagem, à continuação do desenvolvimento natural, mas isso já está tudo regulado, ninguém tem de inventar agora um novo conceito. Já existe legislação que proibe que estejamos em áreas naturais. O que não podemos aceitar é que estando bem estacionado, chego às nove da noite passo a estar mal estacionado se estiver alguém lá dentro. Porque se não estiver ninguém, a autocaravana pode continuar no sítio onde estava, porque estava bem estacionada. Segundo esta lei, na autocaravana não se pode dormir, mas num automóvel pode-se, é esta aberração que nós contestamos."

A CPA uniu esforços com a FPA para combater "as ações lesivas da prática do autocaravanismo que há meses vêm sendo anunciadas" reclamando junto dos deputados da Assembleia da Repúlica, "solicitando auxílio e, acima de tudo, uma intervenção institucional e política", esclarece Manuel Bragança.

"Isto é um problema não só de bom senso mas também económico e financeiro. Em Portugal, vão deixar de entrar milhões de euros", lamenta Paulo Moz Barbosa que sublinha as mais de 250 mil autocaravanas que circulam em Portugal durante o ano, sendo que no inverno se trata de uma geração sénior estrangeira em fuga do mau tempo. "As pessoas não fazem milhares de quilómetros para passarem aqui cinco dias. As pessoas vão deixar de vir para cá e vão ficar por Espanha. A maioria das associações de autocaravanistas da Europa está a dizer aos seus afiliados para não irem para Portugal porque não se pode circular livremente. Vão ficar por Espanha".

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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor EMAN » quinta jan 21, 2021 6:24 pm

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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor time_out » sexta jan 22, 2021 4:41 pm

Nelas: novo parque de autocaravanas já em obras

á começaram as obras que vão dar lugar ao novo parque de autocaravanismo de Nelas, no Largo da Feira.

A empreitada abrange a construção da área de serviço e do parque de estacionamento para autocaravanas.

A obra representa um investimento de 133 mil euros, contando com um apoio financeiro do Turismo de Portugal de mais de 78 mil euros.

Segundo adianta a Câmara Municipal, a obra também abrange a requalificação dos acessos ao parque.

A obra ficará concluída nos próximos meses e, refere a autarquia, “constituirá um meio de mobilização de excelência em termos turísticos para o Concelho de Nelas e para a região, concretizando-se um projeto há muito acarinhado pelos autocaravanistas aqui residentes, auxiliando os mesmos a Câmara Municipal em todo este processo”.

in Jornal do Centro
https://jornaldocentro.pt/online/nelas/nelas/nelas-novo-parque-de-autocaravanas-ja-em-obras
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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor time_out » sexta jan 22, 2021 4:44 pm

Aljubarrota prepara projeto de futuro parque de caravanismo

Aljubarrota poderá ter o primeiro parque do concelho de Alcobaça dedicado em exclusivo ao caravanismo, se a Junta conseguir avançar com as autorizações, a criação do equipamento e a adaptação da antiga escola primária dos Covões.

Depois de ter recebido luz verde do executivo camarário, no mês de novembro, o edifício foi cedido, por via de um protocolo, pela Câmara à Junta, que viu agora o documento ser aprovado pela Assembleia Municipal.

“Queremos ali fazer um parque de estacionamento para caravanas”, explicou ao REGIÃO DE CISTER o presidente da Junta. José Lourenço acredita que é possível criar capacidade para receber 20 autocaravanas. O autarca, que refere que a ideia ainda não chegou a projeto, tem contactado com várias entidades, nomeadamente a Federação de AutoCaravanismo. “É quase na zona do parque natural, está a 100 metros do IC2 e tem todas as condições para receber um parque com estas características”, defende o autarca, que fala num “projeto a médio prazo”, isto é, para o próximo mandato, “para quem for que cá esteja”, sendo que ainda não há sequer orçamento definido.

José Lourenço teve a ideia depois de testemunhar o estacionamento de várias autocaravanas na freguesia durante largos períodos de tempo e, em conversa com um praticante de caravanismo, considerou o projeto indicado para as instalações da escola dos Covões.

De acordo com o protocolo de cedência da escola, a Junta assume as despesas de manutenção e só poderá efetuar obras com o consentimento da Câmara. O edifício foi cedido por quatro anos, renováveis por períodos de um ano

A ideia de criar um parque de caravanismo é anterior e alheia à nova lei que restringe a pernoita em autocaravanas fora dos parques e que entrou em vigor no passado sábado. A nova legislação proíbe a pernoita e aparcamento de autocaravanas em todos os locais que não sejam expressamente designados para o efeito. Os utilizadores ficam, assim, limitados aos parques exclusivos para autocaravanas e parques de campismo, e excluídos de muitos espaços públicos. As multas estão definidas. Os autocaravanistas que infrinjam a lei terão de arcar com uma coima entre os 60 e os 300 euros e, se a pernoita ou aparcamento ocorrer em áreas da Rede Natura 2000 ou áreas protegidas, as multas passam a ser de 120 a 600 euros.

A ser construído, como José Lourenço ambiciona, o parque será o primeiro do município criado para autocaravanas.

In Região de Cister
https://regiaodecister.pt/noticias/aljubarrota-prepara-projeto-de-futuro-parque-de-caravanismo
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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor vitor » sexta jan 22, 2021 7:15 pm

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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor fluis » sexta jan 29, 2021 10:42 pm

Boa noite,

Mais uma noticia a envolver, autocaravanistas e costa alentejana neste caso na zona de Sines:
Portal do radiosines Escreveu:Circulação de autocaravanas indigna população do Litoral Alentejano

A circulação de dezenas de autocaravanas pela região do Litoral Alentejano, está a indignar a população que está obrigada a cumprir confinamento, em casa.
Pedro Oliveira, que por razões profissionais circula pela região, afirmou à Rádio Sines não compreender como é que é possível "as autocaravanas circularem por toda a região e as pessoas passearem junto à praia sem que as autoridades intervenham”.

“É uma situação que ninguém entende e que é visível em maior número, na Lagoa de Santo André, São Torpes, Porto Covo, Malhão e Vila Nova de Milfontes” afirmou indignado Pedro Oliveira.

Esta foto foi tirada hoje em São Torpes, cerca do meio, onde estão estacionadas fora dos parques de estacionamento várias autocaravanas.

fonte: https://www.radiosines.pt/noticias/circ ... alentejano
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Mensagempor time_out » domingo fev 07, 2021 9:34 am

Área de serviço de autocaravanas vai nascer em Chãos


Câmara de Rio Maior investe em infraestrutura de apoio ao turismo itinerante.
A Câmara de Rio Maior está a projectar a criação de uma área de serviço para autocaravanas na localidade de Chãos, freguesia de Alcobertas, na zona serrana do concelho. O projecto já se encontra em fase de concurso e o novo equipamento vai ocupar uma área junto à entrada da Cooperativa Terra Chã.

A área de serviço de autocaravanas de Chãos vai contemplar uma área de pernoita para autocaravanas e uma estação de serviço para dar apoio aos muitos entusiastas do turismo itinerante.

in O Mirante
https://omirante.pt/sociedade/2021-02-05-Area-de-servico-de-autocaravanas-vai-nascer-em-Chaos
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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor EMAN » segunda fev 08, 2021 7:05 pm

Município de Pinhel constrói Parque de Caravanismo

https://www.rtp.pt/noticias/economia/municipio-de-pinhel-constroi-parque-de-caravanismo_n1295826

In RTP NOTICIAS
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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor EMAN » terça fev 09, 2021 3:40 pm

Área de serviço em Chãos.
Ninguém pede ASA's no centro das cidades, vilas ou aldeias. Mas elas vão aparecendo e para que não se possa dizer que não há. Mas umas nos arrabaldes, outras em nenhures, e esta então mesmo em nenhures (ah!, à porta da adega :D).
Se calhar é para promover as caminhadas....

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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor EMAN » terça mar 16, 2021 10:03 am

Bom dia
Noticias do Alandroal.
Em relação às ASAS já tinham "vindo a lume" como se costuma dizer em 2018 mas parece que agora tem mesmo concurso público, pelo menos o link seguinte assim o indica:
https://www.racius.com/construcao-de-areas-de-servico-para-autocaravanas-do-concelho-de-alandroal-alandroal-aldeia-da-venda-e-terena/ .

Estas ASAS preveem um funcionamento com recepção automática 24 h o que faz sentido, e não como umas que "andam a ser criadas" noutros sítios com um funcionamento deveras burocrático.

O município de Alandroal prevê a criação de três áreas de serviço no concelho, destinadas exclusivamente ao estacionamento e pernoita de autocaravanas por período não superior a 72 horas. As áreas de serviço ficarão localizadas em Alandroal, Terena e Santiago Maior, no eixo da Estrada Nacional 255, que atravessa o concelho de norte a sul, inseridas nos aglomerados urbanos mas muito próximas dessa via de comunicação.
As áreas de serviço para estacionamento e pernoita de autocaravanas, com receção automática disponível durante 24 horas por dia, deverão dispor de estação de serviço com escoamento de águas residuais, esvaziamento de WC químico, sistema de lavagem e despejo de cassetes sanitárias, abastecimento de água potável e despejo de resíduos sólidos urbanos.

"In TribunaAlentejo"


Entretanto também irá surgir no concelho uma praia fluvial, a qual contempla as autocaravanas, como descrito no link seguinte (in evasões):
https://www.evasoes.pt/o-que-fazer/as-novas-praias-fluviais-do-alqueva-vao-abrir-ainda-este-verao-video/1010176/

Saudações rolantes
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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor Salazar » domingo mar 21, 2021 8:17 am

Assembleia de Benavente aprova recomendação para parque de autocaravanas

Proposta defende que o município deve criar uma área de serviço para que autocaravanistas possam colocar o concelho de Benavente como um local a visitar e onde possam pernoitar.
A Assembleia Municipal de Benavente aprovou uma recomendação à Câmara de Benavente para que se debruce sobre as vantagens que o autocaravanismo pode trazer para o desenvolvimento turístico, económico e social do concelho e inicie o processo para a construção de um parque de autocaravanas. A proposta, apresentada pelo Partido Socialista, foi aprovada por unanimidade.

Tendo em conta que o código da estrada veio proibir o “acampamento e pernoita fora das zonas destinadas a esse fim”, os eleitos entendem que deve ser construída uma Área de Serviço para Autocaravanas (ASA) com zona de pernoita, abastecimento de energia eléctrica, água potável e local de despejo de águas residuais e lixo. Dessa forma, justificam, o concelho poderá “potenciar a sua actividade económica” e divulgar as suas tradições.

No documento apresentado é ainda referido que o autocaravanismo está em crescimento, movimentando no país mais de 100 milhões de euros ao ano, “vertidos directamente no comércio e restauração dos locais visitados”.

In https://omirante.pt/sociedade/2021-03-19-Assembleia-de-Benavente-aprova-recomendacao-para-parque-de-autocaravanas-b1e11050

Vamos esperar, sentados.
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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor Salazar » domingo mar 21, 2021 8:38 am

Entretanto, largamos as deprimentes notícias do burgo e passamos para as notícias na Europa, bem mais interessantes.

Aqui por França, temos esta notícia:

https://www.capital.fr/auto/a-suivre-aujourdhui-trigano-1397066

O Grupo Trigano, um dos maiores grupos europeus do sector do campismo, autocaravanismo e vida ao ar livre, prepara-se para entrar em 70% do capital das redes de distribuição CLC, SLC e Loisireo, com 44 concessões em França.
No imediato, não se prevêem alterações ao nível das direções. Mas isso não quer dizer nada. A integração vertical já é feita na Alemanha pelo EHG e, segundo me parece, é a tendência para o futuro. Melhor para o cliente, porque está mais próximo do serviço SAV da marca, melhor para o construtor que é dono da distribuição. Isto em mercados com volumes de vendas significativos, claro.
Se for bem implementado pela Trigano, poderá deixar os seus concorrentes grupo Rapido e Pilote bem, bem em dificuldades, visto que uma das grandes queixas dos clientes/autocaravanistas é precisamente o serviço SAV das marcas.
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