O que se lê na imprensa....

Assuntos gerais relacionados com autocaravanismo.

Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor time_out » sexta mai 19, 2017 8:59 am

Proibição de circulação e estacionamento de autocaravanas na Praia da Barra

A Câmara Municipal de Ílhavo vai proceder à colocação de sinais de proibição de circulação a autocaravanas na Praceta de São João, no troço poente da Avenida Vasco da Gama e na Rua Manuel Facica.

A medida abrange ainda a proibição de estacionamento a autocaravanas no troço da Av. Infante Dom Henrique logo após a zona de parque já definida e assinalada.

Esta decisão de alteração da sinalética foi tomada na sequência de uma reunião de trabalho com a GNR, com o propósito de uma melhoria na utilização do espaço público.

Foi considerado o aumento da paragem e estacionamento por períodos muito superiores a 24 horas de autocaravanas na Praia da Barra, bem como a tendência clara, por observação e registo de anos anteriores, do aumento exponencial na época balnear.

Para além disso, o estacionamento existente, nomeadamente durante o verão, é francamente insuficiente para todos os que procuram a praia da Barra para passar férias ou simplesmente para alguns momentos de lazer, tendo esta situação gerado diversas queixas por parte de munícipes uma vez que esta tipologia de veículos nem sempre tem optado pelo estacionamento destinado existente e devidamente assinado na Avenida Infante D. Henrique.

Câmara de Ílhavo

in Noticias de Aveiro
http://www.noticiasdeaveiro.pt/pt/44185 ... -da-barra/
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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor Vítor guadalupe » sexta mai 19, 2017 10:06 pm

O verão está a chegar...
Se estivermos sempre à espera do momento certo, nunca vamos viver a vida.
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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor time_out » terça mai 23, 2017 7:26 pm

Parque de autocaravanas para captar turistas para Salvaterra

Infra-estrutura foi inaugurada no sábado e situa-se junto à EN 118.
A Câmara Municipal de Salvaterra de Magos inaugurou no sábado, 20 de Maio, a Área de Serviço e Estacionamento para Autocaravanas, localizada junto à Estrada Nacional (EN) 118, na vila de Salvaterra de Magos. As novas instalações foram construídas em parceria com a União de Freguesias de Salvaterra de Magos e Foros de Salvaterra e dispõem de uma área de serviço, estacionamento para 16 autocaravanas e uma pequena zona de merendas.

A cerimónia de inauguração contou com a presença de cerca de uma centena de autocaravanistas, para além da população que não quis faltar. O presidente da União de Freguesias de Salvaterra de Magos e Foros de Salvaterra, Manuel Bolieiro salientou a importância das parcerias realizadas com a câmara municipal que “têm resultado em mais valias para a freguesia, como é o caso desta obra que está ao serviço de inúmeros visitantes”.

“Temos vindo a apostar na captação de mais visitantes ao nosso concelho, na medida em que é útil à economia e permite beneficiar alguns empresários já sediados no terreno, seja na área comercial, na restauração, alojamento ou operadores turísticos”, referiu o presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, Hélder Esménio, no discurso inaugural.

In O Mirante
https://omirante.pt/sociedade/2017-05-22-Parque-de-autocaravanas-para-captar-turistas-para-Salvaterra
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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor time_out » segunda jun 12, 2017 9:49 am

SILVES REGULARIZA CAMPISMO, CARAVANISMO E AUTOCARAVANISMO

Imagem

Esstá em vigor, no município de Silves, desde 8 de junho, o Regulamento Municipal para o Licenciamento da Atividade de Campismo e Caravanismo Ocasional e para o Exercício da Atividade de Autocaravanismo. Trata-se do primeiro regulamento municipal na região do Algarve que engloba a componente do autocaravanismo e virá contribuir de forma particularmente positiva para o ordenamento e qualificação deste segmento da atividade turística na região.

Na sequência da apresentação do estudo de caracterização do Autocaravanismo na Região do Algarve e da proposta para definição de uma Estratégia Regional de Acolhimento ao Autocaravanismo, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR Algarve) estabeleceu um protocolo de cooperação com a AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve, a Região de Turismo do Algarve e a ATA – Associação de Turismo do Algarve, em 21 de janeiro de 2014, visando a criação e promoção da RAARA – Rede de Apoio ao Autocaravanismo na Região do Algarve, que engloba atualmente cerca de 26 unidades de acolhimento (parques de campismo e áreas de serviço) e o apoio ao desenvolvimento de mecanismos regulamentares de enquadramento, do qual resulta este regulamento municipal.

Este regulamento, no estrito quadro das determinações legais vigentes em matérias de ordenamento do território e ambiente, preservação da paisagem e dos valores naturais do concelho, mas também na perspetiva do fomento e da diversificação das economias de base local num contexto de legalidade, virá contribuir de forma decisiva para disciplinar a atividade do autocaravanismo no concelho e articular esta modalidade de turismo com as vertentes ambiental, social e cultural do vasto e rico património de Silves.

A CCDR Algarve considera este regulamento municipal um passo decisivo para a consolidação da Estratégia Regional de Acolhimento ao Autocaravanismo, uma vez que poderá ser articulado com os dos demais municípios da região e constituir-se como um documento padrão para a regulamentação da atividade e promover a desejada harmonização regulamentar na região do Algarve.

in Barlavento.pt
http://barlavento.pt/regional/municipio ... aravanismo
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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor Henrique Fernandes » segunda jun 12, 2017 11:04 am

Este desenvolvimento só vem dar razão àqueles que, como eu, defendem a criação de legislação que nos proteja de forma mais eficiente e barata do que a atual.
O que se está a passar no Algarve é puro acantonamento!
Gostaria de ouvir aqui a opinião daqueles que defendem que a nova legislação não é necessária, que o Código de Estrada é suficiente, sobretudo num momento em que ela vai sendo criada ad-hoc e a reboque dos interesses do lóbi campista, e, ainda por cima, contra os nossos interesses!
Não seria então preferível que fosse criada por nossa pressão, e com alguma possibilidade de vir a ser a favor dos nossos interesses?...
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Mensagempor Salazar » terça jun 20, 2017 5:54 pm

https://omirante.pt/sociedade/2017-06-18-Dois-mortos-e-tres-feridos-graves-em-colisao-frontal-junto-a-Rio-Maior

"Acidente ocorreu no IC perto da localidade de Asseiceira.
Duas pessoas morreram e três ficaram feridas com gravidade na colisão frontal de uma autocaravana com uma viatura ligeira ao quilómetro 63 do IC2, em Asseiceira, no concelho de Rio Maior.

O acidente ocorreu às 17h24 deste domingo, 18 de Junho.

Fonte oficial adiantou que a via foi cortada na totalidade, tendo previsão de abertura às 22h00.

Para o local do acidente foram enviados 27 operacionais e dez viaturas."

https://omirante.pt/omirantetv/2017-06-18-Dois-mortos-e-tres-feridos-graves-num-acidente-em-Rio-Maior
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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor time_out » segunda ago 21, 2017 5:03 pm

Moradores de Altura, Algarve, criticam presença de autocaravanas perto da praia

Proprietários de residências da zona nascente de Altura acusam a Câmara de Castro Marim de nada fazer para impedir o parqueamento de autocaravanas em estacionamentos convencionais e junto à praia naquela localidade algarvia.

Desde o ano passado que se têm intensificado as queixas de moradores pelas largas dezenas de autocaravanas que parqueiam junto a vivendas da zona nascente de Altura e numa área de terra batida perto das dunas, com falta de condições de higiene e pernoitando no local, o que deveria ser feito, segundo os residentes, só em zonas próprias e adaptadas para o efeito.

Os autocaravanistas não têm no local acesso a água, eletricidade ou saneamento e não podem legalmente abrir toldos, colocar mesas fora ou exceder os limites do veículo estacionado, caso contrário ficam sujeitos a autos de contraordenação, movidos pelas forças policiais e encaminhados depois para as autarquias, que conduzem o processo até à aplicação de eventuais sanções, ao contrário de outros países da Europa, onde as coimas são imediatas.

João Neto veio do distrito da Guarda passar férias ao Algarve e parqueou a autocaravana em Altura, mas garantiu à agência Lusa que não tira mesas, não abre toldos nem incomoda moradores, pelo que “não se compreendem bem” as suas queixas, considerou.

“Esta é a velha regra de o justo pagar pelo pecador. Quando essas situações de pouco civismo acontecem, as pessoas devem ser punidas e já vi a GNR levantar autos a alguns, mas a maioria é respeitadora e cumpre as normas”, afirmou Carlos Abreu, outro dos autocaravanistas ouvido pela Lusa, lamentando a falta de parques próprios para estes veículos no Algarve.

Luís Amaro também parou a sua autocaravana em Altura e disse que os proprietários não têm razão, porque as autocaravanas “podem estar estacionadas como qualquer outro veículo, se não ocuparem zonas exteriores, o que acontece na grande maioria dos casos”, frisou.

Mas moradores como Rui Figueiredo e Rui Costa contrariaram esta versão, falando de “ruído na parte exterior dos veículos”, de “roubos de água e eletricidade das vivendas”, de descargas ilegais de lixo e resíduos e criticando a Câmara de Castro Marim por ainda não ter posto cobro a uma situação que os moradores dizem ter-se “agravado este ano”.

No ano passado, o presidente da autarquia, Francisco Amaral, garantiu que tinha “tolerância zero contra o autocaravanismo selvagem” e iria lançar ainda em 2016 obras para dois parques apropriados para estas viaturas.

A criação de “uma oferta integrada” de parques próprios e adaptados para receber estes veículos em Portugal é também uma solução defendida pela Federação Portuguesa de Autocaravanismo.

Francisco Amaral garantiu ainda que tudo iria fazer para “acabar definitivamente com esta situação”, mas um ano depois a zona continua com dezenas de autocaravanas e os moradores pedem uma solução para o problema.

“É coisa que demora o seu tempo, gostava de ter uma varinha mágica e de resolver de imediato tudo, mas o projeto demorou algum tempo a ser feito, tentámos arranjar fundos comunitários, mas não se conseguiu, vamos lançar o concurso para construção e exploração daquele projeto que nós fizemos, sobretudo para o parque de autocaravanismo de Altura”, justificou-se o autarca.

Questionado sobre quando o parque de autrocaravanismo de altura pode ser uma realidade, Francisco Amaral respondeu que prefere não definir prazos que depois podem não se cumprir.
in sapo24
http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/moradores-de-altura-algarve-criticam-presenca-de-autocaravanas-perto-da-praia
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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor Lealbino » quarta set 06, 2017 10:46 am

Costa vicentina sem rei nem roque

"Quem passou férias este verão na costa vicentina certamente se apercebeu que não há praia, vila, pinhal ou miradouro que não esteja apinhado de caravanas de turistas espanhóis, franceses, alemães, etc.; que, sem qualquer restrição, usufruem destes nossos bens preciosos sem qualquer civismo ou respeito por aquilo que é um bem comum e em última instância a mais valia desta região de Portugal.

Torna-se até caricato e instala-se uma sensação de defraudamento quando nos confrontamos com esta espécie de bairros da lata que povoaram as nossas praias, precisamente depois de lermos em todas as revistas, antes do verão, os locais paradisíacos que devemos conhecer na costa vicentina.

Na realidade estes locais paradisíacos estão povoados de caravanas cujos utilizadores todos os dias defecam e urinam nos trilhos e acessos às praias ficando o ambiente empestado por um cheiro insuportável, isto já para não falar do impacto visual que tudo isto causa.

São inúmeros os relatos que ouvi este verão, de vários portugueses que há muito passam férias na costa vicentina, que referem que a situação se tornou insuportável.

Há locais como a praia do Barranco que estão literalmente OCUPADOS por um número considerável de caravanas de espanhóis e alemães que ali se instalaram e vivem todo o ano numa espécie de “Woodstock”, apoderando-se de uma das mais belas praias da costa sul.

Eles estacionam as carrinhas por forma a ocupar quatro lugares de estacionamento, montam a tenda impedindo os outros utilizadores de estacionar e desfrutar da praia sem que nenhuma autoridade intervenha, pois quando são chamados dizem não ter meios para atuar uma vez que normalmente só têm uma viatura para se deslocar. E assim, desta forma, os turistas que nos invadiram as praias continuam e governar estes espaços públicos onde até sinalética própria desenvolveram.

Este fenómeno tem-se vindo a alastrar para praias como a praia do Amado, a Bordeira, praia do Canal, Vale Figueira, etc.

Será que alguma universidade ou outra entidade competente estudou a mais-valia para Portugal deste tipo de turismo? Ou será que quem ganha com isto é apenas e só o supermercado local, que vende pão e umas latas de atum, e a bomba de gasolina da região?

Já alguém competente avaliou o impacto desta desordem e os danos para o Turismo e o Ambiente?

Vamos querer continuar a ver esta gente a fazer das nossas praias a sua casa de banho? O seu contentor de lixo?

Mantendo-se este caos, sem legislação fiscalização e ornamento implementado por quem de direito, estou convencido que isto é o fim da costa vicentina enquanto pérola nacional cuja aposta deveria ser num turismo de qualidade, pondo em risco mesmo a possibilidade de investimentos em projectos mais dignos para uma região com tão grande potencial."



In: http://www.surftotal.com/entrevistas/su ... -nem-roque
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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor José Queirós » terça set 12, 2017 12:35 pm

Boa tarde.

Uma autocaravana totalmente eléctrica...

http://www.motor24.pt/sites/turbo/esta- ... ilimitada/

Talvez o primeiro passo. Aguardemos o que a concorrência certamente irá contrapor.

José Queirós.
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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor Euroviajante » terça set 12, 2017 9:05 pm

O futuro do autocaravanismo, se atendermos as perspetivas em matéria de combustíveis para os automóveis, parece-me que vai ser por aí. Até estou a estranhar ainda não haver híbridos nos comerciais ligeiros, logo inevitavelmente nas AC.
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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor Salazar » terça set 12, 2017 10:51 pm

Euroviajante Escreveu:O futuro do autocaravanismo, se atendermos as perspetivas em matéria de combustíveis para os automóveis, parece-me que vai ser por aí. Até estou a estranhar ainda não haver híbridos nos comerciais ligeiros, logo inevitavelmente nas AC.


Primeiro temos que entender onde é que os sistemas são mais eficazes. O sistema híbrido é mais eficiente em meio urbano, em que as acelerações ficam a cargo, ou são assistidas pelo motor eléctrico, as travagens servem para carregar baterias, etc. Em estrada aberta, um híbrido deixa de fazer sentido, uma vez que depois de gastas as baterias, só o motor "sujo" é que trabalha.
Depois temos que entender os pontos fortes de vendas de comerciais. Um deles é a carga útil, tanto em termos de volume, como de peso. Um battery bank é pesado e ocupa espaço. Basta vermos que o Mitsubishi Outlander com motor gasóleo oferece 7 lugares e uma bagageira considerável mesmo com os lugares todos no sítio e a sua versão PHEV perde os 2 lugares e boa parte da bagageira. Isto não impede as marcas como a Renault-Nissan, a VW (e não esqueçamos que a VW detém a MAN), a Fiat (com a Iveco) e a MB de apresentarem conceitos e mesmo modelos full electric. Mas destinam-se sobretudo a um nicho de mercado que opera em meios urbanos.

O futuro dos comerciais, sobretudo os pesados, pode passar pela electricidade, sim, mas não no conceito de carro com baterias como está a acontecer com os ligeiros de passageiros. Mas isso representa um investimento brutal em infraestruturas. E implica um largo consenso em termos de normalização de sistemas... Ui... Ainda temos muitos anos de diesel nos comerciais, tanto ligeiros como pesados.

Devo apenas chamar a atenção para um factor que muitas vezes não entra em conta neste tema dos eléctricos; a vida útil das baterias.
Neste caso em particular da Iveco Daily, o banco de baterias tem uma autonomia MÁXIMA anunciada de 160 km e cerca de 1500 ciclos de carga. Isto é, depois de cerca de 240000km podem contar com a despesa de um banco de baterias novo. :shock: E a utilização de fast chargers encurta ainda mais a vida útil delas.
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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor Lealbino » sábado set 16, 2017 10:28 am

Pode ser que sirva para diferenciar que não são todos iguais...

Paraísos em Risco

"Pedagogia inicial poderia fazer parte de uma estratégia

Proteger e preservar a pensar no futuro…

No outro dia li o texto do vosso colaborador João Vilela, “Costa Vicentina sem rei nem roque” (disponível aqui), e nele constatei que, infelizmente, os abusos e a falta de consciência ambiental/humana de pessoas que possuem autocaravanas (AC) e autovivendas (AV) continuam a ter lugar. É triste como tantos ainda consideram ser “cool” (quando é exatamente o contrário) acampar e poluir sem respeito e noção tendo como base um veículo casa com rodas, sem se aperceberem que um dia aquele paraíso deixará de o ser e que foram eles que fizeram parte do estrago ambiental.

Sou surfista há mais de 20 anos e considero-me neste momento um surfista mediano, dos que procura simplesmente o prazer de surfar, seguindo a máxima "quem surfa melhor é quem mais se diverte", estando dentro de água sempre que posso e atrás do bem-estar e do bom ambiente que tento sempre procurar e fomentar.

Tive até há bem recentemente uma autocaravana e vivi alguns anos a liberdade de ter casa com rodas. Depois de alguns “erros” iniciais cometidos, foram-me transmitidas as chamadas "regras de ouro" pelos que há mais anos praticam o autocaravanismo e são efetivamente autocaravanistas na verdadeira essência da palavra (pois não basta ter uma AC/AV para o ser). Isso abriu-me e muito a perspetiva do que deveria e não deveria ser feito, e a partir desse momento passei a tentar sensibilizar os outros a fazê-lo.

No entanto, como só por que fazemos surf não somos todos “colegas”, da mesma forma se deduz que nem todos os utilizadores deste tipo de veículos reagem de igual maneira. A verdadeira fiscalização deveria ser feita pelas autoridades e não por quem não tem autoridade, como os “autocaravanistas responsáveis”, fazendo cumprir o Código da Estrada (estacionamentos, etc) e evitando acampamentos em zonas que não são para esse efeito. Como é sabido, infelizmente, as autoridades não conseguem chegar a todo o lado e com os vários exemplos de desrespeito de uns começam a surgir as proibições totais por parte de vários municípios, bem como a autêntica perseguição às AC/AV devido aos incumpridores.

O tema é abrangente, raramente há conclusões que sirvam a todos, mas alguns veículos são em geral um veículo/carrinha adaptado que não inclui lavatório ou WC, ou então detém capacidades de depósitos de águas pequenos. Nestes casos, que podem ser encontrados de norte a sul, o mais vulgar são as necessidades serem feitas nos locais menos próprios e as loiças e despejos de água suja feitos onde não deveriam ser. O respeito pelo espaço dos outros também não é preservado. Sei do que falo porque em idos anos andei em viagem com amigos numa carrinha/autovivenda adaptada que só possuía lavatório e sem WC. As condições eram as suficientes para lavar a loiça e os dentes. Ainda assim, quando precisávamos encontrávamos os WC’s que serviam para o efeito e ainda tínhamos um WC/sanita química portátil. Portanto, desculpas não haviam.

Os verdadeiros autocaravanistas não despejam os depósitos no local por estar longe de uma área de serviço ou casa de banho. Eles fazem sem problema vários quilómetros se for necessário para propositadamente o fazerem de forma ecológica. Planeiam, antecipam, organizam-se. Se vamos para uma surftrip não fazemos algo parecido?

Argumentam-me que corre-se o risco de perder o lugar… Mas isso faz parte, é óbvio. Aceite-se isso como a moeda de troca para se poder pelo menos lá estar uma noite. Tal como estar sentado na água na zona perfeita do pico implicar apanhar uma onda perfeita e deixar de se lá estar, faz parte! Volta-se ao pico, senta-se talvez um pouco mais ao lado e desfruta-se à mesma do paraíso. Simples. Contudo, esse paraíso continuará lá, não é preciso sermos egoístas, preguiçosos e o estragarmos. Um dia tudo desaparecerá como conhecemos.

Quem tem uma AC/AV (que não quer dizer que seja verdadeiramente um autocaravanista) totalmente preparada não tem desculpa para cometer “atentados” e nem para colocar mesas/toldos na via pública. Os verdadeiros autocaravanistas sabem disso e é precisamente isso que praticam e divulgam junto de quem observam a fazer errado. Como todos bem sabemos, por uns pagam outros, além de que muitas vezes as críticas construtivas são mal recebidas. Era aí que entravam as autoridades e colocavam na linha quem não respeitava.

Daí que concordo com uma ideia de pedagogia inicial, por exemplo, colocando flyers a informar, se bem que, tal como acontece no no universo dos surfistas, há vários comportamentos e filosofias na vida. Após essa tentativa de pedagogia seguir-se-ia uma coima se não fossem cumpridas sucessivamente as indicações. Julgo que o banir passaria a ser desnecessário.

As multas costumam ser um bom dissuasor para não repetir atitudes e assim definia-se melhor na mente de muita gente que pernoitar é diferente de acampar, evitava-se que muitos abrissem toldos ocupando lugares que davam para caber veículos ligeiros, espalhassem mesas e cadeiras com fogareiros à mistura onde outras pessoas passam, despejassem águas com gorduras/óleos/cheiro/consistência que em pouco tempo geram o impacto ambiental que se sabe.

Imaginando cada um fazendo "só" um despejo (mesmo com detergente biológico) da sardinhada e da comida temperada, "só" tirando uma cadeira, "só" abrindo o toldo, “só” indo atrás da moita/duna, "só" pondo o grelhador a fumegar, "só" espalhando as coisas à volta do veículo… Juntam-se mais uns e é fácil perceber como rapidamente os paraísos podem ser destruídos tal como se pode observar nas fotos e no texto de João Vilela.

Do que acompanho do lado dos autocaravanistas é que cada vez mais se reduzem e proíbem os locais de estacionamento, de pernoita, etc. No entanto, de forma muito fácil se poderiam criar alternativas e um conjunto de regras: bastaria lugares mais ao lado, por exemplo, não ficando em cima da linha de mar devido ao volume de alguns veículos; marcas de estacionamento para que só AC/AV coubessem nesse espaço e aí permanecessem, número limitado de lugares. Por culpa de uns surgem proibições para todos, e os cumpridores continuam impotentes e a perder terreno perante aqueles que desrespeitam e denigrem a imagem dos autocaravanistas e autovivendistas que cumprem e não prejudicam os outros.

Quando vejo muita gente a dar os piores exemplos, a fazer as maiores barbaridades para com a natureza e ainda a passar aquela imagem de que “eu tenho isto e tu não, somos very cool, e ai de ti se vens dizer alguma coisa”, espero que tudo se ordene mantendo-se, no entanto, o espírito de “liberdade”. É que detestaria daqui a muitos anos ver jovens de espírito livre proibidos de usufruírem do que eu usufruo neste momento e vir a ter que lhes dizer que "sim, antigamente tolerava-se mas agora é proibido. Eu, há 20 anos atrás, tentei falar com os vossos pais para pensarem um pouco e não fazerem o que faziam, mas eles não ligaram”.

Sou surfista, fui autocaravanista e acima de tudo cidadão que preza o bom ambiente em todos os locais. Espero que dure muitos anos, seja como surfistas ou autocaravanistas (ou quaisquer outros), a imagem na cara das pessoas da reação de sorrirem ao ver chegar "gente cumpridora e simpática” (quem me dera), ao invés da cara de desagrado por estarem a ver passar/chegar os que "ocupam tudo sem respeito, pensam que é tudo deles, só sujam e desrespeitam, deviam bani-los deste sitio..."

Tudo fica mais simples se se olhar à volta e perceber que agindo de determinada forma, mais cedo ou mais tarde, irão perder a liberdade que ainda vai existindo, deixando de poder usufruir desses espaços (por culpa própria) e prejudicando todos os outros que zelam por passar uma boa imagem de uma qualquer atividade. Surfers, autocaravanistas, skaters, paddleboarders, motociclistas, bikers e muitos outros, estamos todos neste planeta…

Que tal abrirmos os olhos e deixarmos legado para que as próximas gerações ainda possam aproveitar o que nós podemos?

A vida é boa, vivam-na! "



In: http://surftotal.com/entrevistas/surfto ... s-em-risco
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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor RMGM » domingo set 17, 2017 4:07 pm

Boa tarde todos

"Pedagogia inicial poderia fazer parte de uma estratégia"

Sim,estou de acordo,mas isso só resultaria com alguns,porque com outros (a meu ver) só mesmo sanções e bem pesadas

Este ano já percorri o Algarve de V.R. a Faro, o Alentejo, e fui subindo encontrando-me neste momento em Praia de Mira e daquilo tenho visto fez-me chegar a algumas conclusões.
Ser autocaravanista não é ter dinheiro para comprar uma AC de dezenas de milhares de € e depois:
Parar frente ao portão de saída de emergência (norte) do Parque Mun. de Campismo de Mira 30 metros do posto da GNR despejar o deposito de aguas cinzentas em ple alcatrão e encher o deposito de água do chafariz ali ao pé
Estar dentro do dito Parque que tem uma AS e ir ás 7 e 30 da manhã despejar uma sanita química no lavatório (sim num LAVATÓRIO) de um dos balneários e quando apanhado em flagrante e chamado à atenção responder que era "só mijo".
Estacionar ao meu lado com uma AC top e comentar a data da minha matricula e dizer que só podia ser vigarice sem ver que eu estava do lado de dentro a ouvir e de seguida ir ao lava louça ( sim LAVA LOUÇA) lavar os pés e a cabeça e vir acender o fogareiro tão perto da minha janela obrigando-me a ter de a fechar quando tinha no parque uma zona com assadores
Estes são só alguns dos maus exemplos que eu presenciei

Agora digam-me que pedagogia entra nestas cabecinhas
RMGM Rogério Miranda
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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor cookie » domingo set 17, 2017 5:35 pm

RMGM Escreveu:Boa tarde todos

"Pedagogia inicial poderia fazer parte de uma estratégia"

Sim,estou de acordo,mas isso só resultaria com alguns,porque com outros (a meu ver) só mesmo sanções e bem pesadas

Este ano já percorri o Algarve de V.R. a Faro, o Alentejo, e fui subindo encontrando-me neste momento em Praia de Mira e daquilo tenho visto fez-me chegar a algumas conclusões.
Ser autocaravanista não é ter dinheiro para comprar uma AC de dezenas de milhares de € e depois:
Parar frente ao portão de saída de emergência (norte) do Parque Mun. de Campismo de Mira 30 metros do posto da GNR despejar o deposito de aguas cinzentas em ple alcatrão e encher o deposito de água do chafariz ali ao pé
Estar dentro do dito Parque que tem uma AS e ir ás 7 e 30 da manhã despejar uma sanita química no lavatório (sim num LAVATÓRIO) de um dos balneários e quando apanhado em flagrante e chamado à atenção responder que era "só mijo".
Estacionar ao meu lado com uma AC top e comentar a data da minha matricula e dizer que só podia ser vigarice sem ver que eu estava do lado de dentro a ouvir e de seguida ir ao lava louça ( sim LAVA LOUÇA) lavar os pés e a cabeça e vir acender o fogareiro tão perto da minha janela obrigando-me a ter de a fechar quando tinha no parque uma zona com assadores
Estes são só alguns dos maus exemplos que eu presenciei

Agora digam-me que pedagogia entra nestas cabecinhas

:shock:
Surreal!! Horrível!!

Somos autocaravanistas há 8 anos e felizmente nunca presenciamos nada de tão grave e horroroso...

De qualquer forma a política deve ser sempre de pedagogia e depois multa pesada!! É o que fazem em Andorra com os maus estacionamentos de qualquer veículo...
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Re: O que se lê na imprensa....

Mensagempor RMGM » domingo set 17, 2017 8:46 pm

Como tenho muito" Mau Feitio" não deixo passar estas situações sem protestar directamente com os transgressores e tenho recebido as mais estúpidas respostas como por exemplo a de um Espanhol em Vieira de Leiria que despejou a cassete no escoadouro da AS por segundo ele dava muito trabalho abrir a tampa da caixa de despejos e depois queria usar a minha mangueira com a qual estava a encher o meu deposito de agua potável para a lavar ficando a insultar-me porque eu me neguei a que a utilizasse
RMGM Rogério Miranda
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