Companheiros,
Em complemento da informação dada anteriormente pelo FLuis, venho juntar aqui 2 imagens que creio serem ilucidativas do que estamos a falar, bem como alguns comentários pessoais sobre a questão das áreas de serviço.
Tive oportunidade de visitar a área de serviço de Vermoil, no regresso a casa no final das férias deste ano, e confesso que não foi fácil dar com ela. A falta de sinalização e as estradas em mau estado quase me fizeram desistir da ideia.
Consegui finalmente dar com o acesso pelo lado do cemitério mas, como podem ver pela imagem em cima, já a AC perfilada batia nos ramos da árvore quanto mais a minha capucino. Nem tentei e a visita à AS acabou por ser feita a pé.
A área pareceu-me completa (com churrasco e tudo!), embora, e isso por culpa de companheiros sem respeito pelos outros, entupida e muito suja.
O espaço para manobras é realmente apertado e, como comentou o FLuis, no caso das ACs com maior distância entre eixos, existe o risco de baterem com o fundo da traseira no chão da área.
Confesso que também não descobri a área para pernoitar.
Quero deixar aqui bem claro que louvo e admiro o esforço dos companheiros Manuel Geraldo e Adelino Bento que tiveram a ideia de construir a área de serviço e a tornaram realidade, certamente à custa de muitas horas de trabalho e de suor.
Não posso é deixar de lamentar que, quem com responsabilidades no autocaravanismo em Portugal, e com conhecimento prévio do que se estava a pensar construir, não tivesse tido a capacidade de analisar previamente os prós e contras deste tipo de infraestrutura naquela localização e a coragem para alertar para um eventual fracasso, obviamente em termos de procura, do projecto, preocupando-se antes com a sua inauguração.
De uma vez por todas, sejamos claros.
Independentemente da boa ou má localização da área, da sua deficiente sinalização ou funcionalidade, o que está aqui em causa é uma questão de fundo muito mais importante.
Construir uma área de serviço é fácil. Com mais ou menos contactos, horas (e euros!) dispendidos em deslocações e reuniões. O difícil é fazê-lo garantindo que não será apenas no dia da sua inauguração que lá iremos todos festejar e encher a vila ou cidade com autocaravanas.
Não podemos correr o risco de entrar numa corrida por "quem abre mais áreas" para depois estas apenas representarem uma despesa sem qualquer tipo de retorno para as autarquias.
Desta forma estaremos certamente a condenar ao fracasso todo o nosso esforço pela criação deste tipo de infraestruturas de apoio a esta forma de turismo itinerante de que tanto gostamos.
Áreas de serviço, sim, mas implementadas em locais que, pelo compromisso "localização geográfica-acessos-interesse turístico-comércio local" que apresentem, garantam a sustentabilidade da infraestrutura em termos de procura ao longo dos 365 dias do ano, oferecendo deste modo contrapartidas para nós, autocaravanistas bem como para as populações visitadas.
Esta é a minha opinião sobre este assunto.
Saudações a todos.