Boa tarde colegas,
Quero desde já agradecer a todos os cumprimentos deixados.
Sobre a viagem a Marrocos, esta decorreu em 1999 durante cerca de 8 dias em Agosto.
Normalmente partilhava aventuras de férias com um cunhado, na época só eu tinha autocaravana (há cerca de 3 anos) e decidimos fazer uma incursão a Marrocos. Já tinha feito uma semana de férias no Sul de Espanha e encontrámo-nos em Algeciras para embarcar no dia seguinte. Como para ele marcou Hoteis, decidimos ficar também em Hoteis em Marrocos (também por causo do meu filho, na altura com cerca de 4 anos, e também nos meteram algum medo).
Assim nessa noite ficámos já em Algeciras num Hotel. A autocaravana foi assaltada nessa noite. Partiram o vidro pequeno da cabina, e levaram televisão, frente do auto-rádio e uma série de pequenas outras coisas, para além da "javardisse" deixada. Como imaginam foi uma manhã bastante angustiante, mas apesar disso não deixámos de partir para Marrocos. Tentámos ainda reparar o vidro mas não foi possível, era fim-de-semana e não encontrámos nada nem ninguém para substituir o vidro. Ou seja, fomos para Marrocos sem vidro.
Entrámos por Tanger, onde nos sentimos bastante desconfortáveis. O espírito não era o melhor, e o "excesso" de simpatia dos habitantes locais era constrangedor. Sentimos um assédio enorme, na tentativa de mostra coisas, lugares, tapeçarias, sem nunca nos largarem. Era impossível "xotálos". Acabámos por regressar cedo ao hotel. E o vidro partido, perguntarão! Nunca tivemos qualquer problema com isso. Deixávamos a autocaravana junto ao hotel, e o porteiro (se assim lhe pudemos chamar), deixava-nos tranquilos quanto á segurança da autocaravana, perguntando sempre o que nos tinha acontecido. Quando contávamos que tinhamos sido assaltados, e após perguntarem onde, respondermos quue tinah sido em Espanha, a expressão era quase sempre a mesma: "...ah, não foi cá. Pois os espanhois são uns malandros...".
Continuámos a viagem por kenitrá, até Rabat, depois regressando por Fés, Chefchaouen, e por fim Ceuta. O tar "excesso de simpatia" continua a existir mas sem qualquer tipo de "assédio". Um "não preciso de nada" era suficiente para se afastarem. É um país que vale a pena visitar, pela sua cultura, também pela sua beleza, mas convém um "estomago" forte para visitar as "medinas" (zonas interiores das vilas), onde é mais notório o tradicionalismo.
Tivemos uma ou outra situação complicada com a polícia, tendo nos interseptado, e dito que infringimos uma regra qualquer (excesso de velocidade, um stop não parado), mas o objectivo era sempre o mesmo, negociar uma pseudo-multa que se resolvia com uns quantos "dirams".
Outra grande confusão foi a entrada em Ceuta. Passar a fronteira é uma verdadeira aventura. Filas enormes e, como seria de esperar, muitissimos angariadores para furar as filas e carimbar passaportes. Perdemos aí um dia inteiro.
Enfim, peço imensa desculpa se criei demasiada espectativa, mas o facto de não dormir na autocaravana tornou, aceitarei a crítica, uma viagem pouco "autoravanistica".
Gostámos imenso, adoramos contar a história, e penso talvez voltar, mas num grupo relativamente grande, ou então em excursão.
Cumprimentos autocaravanisticos.