Oliventino Escreveu: Desculpem a ousadia de tentar responder a mensagem endereçada a outra pessoa, só o faço porque vos conheço ......
Caro Oliventino: na parte que me toca a desculpar, não desculpo, muito menos a ousadia, ainda se fosse outra situação qualquer....., mas..… como foi a primeira vez e hoje estou bem disposto, vou relevar….
Nota: Intervenha sempre e sem pedir desculpa. Precisamos é de que as opiniões se discutam para as soluções acontecerem.Tentando responder ao Luis Agostinho:
De uma maneira geral, estou inteiramente de acordo com o que o companheiro Oliventino afirmou.
Certamente que a construção de autocaravanas estará sujeita a normativos legais, mas sendo esta uma actividade relativamente recente, apenas algumas dezenas de anos e um segmento de mercado que ao contrário do que se passa actualmente, tinha pouca relevância, poderão as referidas normas não abarcarem ainda de uma forma exaustiva todos os aspectos importantes.
Quando falamos de baterias em vaso fechado, com a tecnologia VRLA (GEL eAGM), a questão do local da sua instalação não se coloca.
Restam as baterias em vaso aberto VLA, com electrólito líquido constituído por uma solução aquosa de ácido. Podem ser de manutenção periódica (adicionar água destilada, se em falta) ou sem manutenção.
Nota: Pessoalmente nunca instalaria qualquer uma delas, dentro da célula e muito menos debaixo dos bancos da frente.
As baterias com manutenção, são providas na parte superior de uns bujões ( 6 nas de 12V - 1/célula) roscados ou por tampas atravessadas ( 2 ou 3), com um pequeno orifício no topo dos bujões ou tampas,
para permitir a saída dos gases e destinando-se a possibilitar a adição de água destilada.
Estas baterias com manutenção, dada a impossibilidade de se centralizar a descarga dos gases, são de todo inadequadas para o interior, podendo-se no entanto montar dentro de um recipiente fechado, o qual será provido de ventilação para o exterior.
As baterias sem manutenção, que por sua vez já utilizam uma tecnologia de baixa emissão de gases, dispõe de um pequeno orifício num dos lados para colocação de um tubo plástico que vai possibilitar a centralização e o encaminhamento de eventuais gases para o exterior.
Por vezes as pessoas não prestam a devida atenção, essencialmente por desconhecimento, a estes pequenos pormenores, não montando estes dispositivos, ou ainda porque colocam dentro do compartimento das baterias (quando debaixo dos bancos) pequenos objectos que em contacto com o referido tubo da bateria fazem com que este se desconecte da mesma.
Estas últimas, serão certamente as baterias que os fabricantes montam dentro do habitáculo.
Na tua Fiat 130 Multijet - chassis ZFA250, a bateria está montada abaixo do piso, entre o banco do condutor e os pedais, dentro de uma caixa, tendo esta amplas aberturas para os baixos do veículo.
Embora não cabendo totalmente no âmbito deste tópico, adiantarei alguns aspectos em que os fabricantes estão muito pouco preocupados, na posterior utilização e manutenção das ACS, principalmente nas integrais, que é o caso da minha AC, mesmo nas gamas altas (dado que as pessoas aquando da compra das ACs não estão sensibilizadas para estes assuntos, por total desconhecimento):
1 - Nas ACs integrais, os fabricantes não têm ou não querem ter a mínima preocupação em como vai ser possível efectuar a manutenção do motor (uma simples mudança de óleo), em função do acesso patético que constroem para acesso ao vão do motor!!!!!
2- O para-choques frontal do veículo base é manifestamente mais estreito do que a frente da AC. Os fabricantes não tiveram a mais pequena preocupação em fazer um aumento do para-choques inicial, para possibilitar um amortecimento mínimo (em pequenos choques) e consequente protecção dos passageiros!!!!!
3 – Igualmente na parte traseira, isto em todas as ACs, não existe para-choques nenhum, digno desse nome!!!!!!
4 – Circulando as ACs normalmente carregadas ao máximo, muitas delas acima do peso bruto permitido, as molas traseiras (salvo chassis ALCO), não foram reforçadas relativamente ao veículo base, quando normalmente a zona de carga nas ACS está disponibilizada quase na íntegra na traseira, muitas das vezes, toda ela para além do eixo traseiro!!!!!
5 – Montam depósitos de águas cinzentas, adaptados aos diversos chassis, tentando aproveitar todas as reentrâncias dos mesmos. Resultado, não ventilando todos esses pequenos volumes de que é composto o depósito, para que o ar possa ser expulso pela subida da água, quando esta atinge a base desses volumes, os respectivos espaços não são aproveitados.
Nas especificações descriminam: volume do depósito de águas cinzentas - 100 Litros, quando na realidade só dispõem de 50-60% do volume referido!!!!!!
6 – Colocação de cassetes com capacidade de 8-9 Litros, em ACs com lotação para 6 pessoas!!!!!
Pergunto: serão aceitáveis situações semelhantes às descritas? Certamente que não, mas será muito difícil alterar o comportamento dos fabricantes.
Um abraço,