por rui_martins » quinta jan 19, 2006 2:19 pm
Olá,
Reforço integralmente a opinião do "Time_Out" !
Nunca é aconselhável paragens muito prolongadas das viaturas e isso não é só por causa da(s) bateria(s). O funcionamento periódico é necessário para evitar problemas com a lubrificação das diferentes peças/partes, com o circuito de refrigeração e até com os próprios pneus !...
Com o peso do veículo suportado pelos pneus, estes deformam-se sempre um pouco na zona em contacto com o solo.
Quando a paragem é muito prolongada, essa deformação acontece sempre na mesma zona do pneu e, com o tempo, tem tendência a tornar-se permanente. Quando o veículo se movimenta, a zona deformada vai variando ao longo do pneu e a sua capacidade de recuperação vai sendo "exercitada", evitando que de uma deformação elástica passe a uma deformação plástica.
Por outro lado e no que diz respeito especificamente às baterias a situação é a seguinte:
a) - O período de inactividade sem danos varia consoante o tipo de bateria. De um modo geral, as vulgares baterias de automóvel são das que suportam pior períodos longos.
b) - Todas as baterias sofrem de um processo de auto-descarga interna, embora alguns tipos mais do que outros, levando, mais cêdo ou mais tarde, a que acabem por se descarregar totalmente.
c) - Uma bateria descarregada e mantida nesse estado durante algum tempo é, tipicamente, uma bateria estragada e que tem de ser substituída.
Então o que se deve fazer ?
1 - Procurar evitar períodos longos sem utilização.
2 - Em situações em que a não utilização vai necessariamente ser prolongada:
2) a) - Garantir que a bateria fica completamente carregada no início do período de não utilização.
2) b) - Desligar os terminais ( bastará desligar a "Massa" ) de modo a garantir que não haverá de todo descarga para além da própria auto-descarga interna.
2) c) - controlar periodicamente o estado de carga da bateria e, se fôr verificado que a sua carga começa a ser reduzida, recarregá-la através de um meio apropriado (habitualmente isso será feito com recurso a um carregador de baterias apropriado).
2) d) - Durante a carga da bateria, ir verificando que esta não aquece de modo significativo e (sempre que possível) que o nível de electrólito está dentro do que é normal.
2) e) - Sempre que uma bateria não carrega, não mantém a carga ou, durante o processo de carga, começa a "ferver" (borbulhar significativo do electrólito, como se fosse água a ferver) isso são sintomas muito seguros de que está na hora de a trocar por uma nova.
Como pequeno complemento, gostaria ainda de dizer que as baterias do tipo estacionário, as baterias de gel, as baterias especialmente criadas para suporte de instalações de aproveitamento solar, entre mais algumas, suportam melhor períodos longos de não utilização por terem normalmente taxas de descarga interna mais baixas e por suportarem melhor situações de descarga profunda.
Como já foi dito acima as vulgares baterias de chumbo/ácido que são habituais nos automóveis são das que apresentam piores características no que diz respeito a suportarem períodos longos de inactividade. A sua vantagem reside fundamentalmente em 2 aspectos: A sua capacidade de debitarem correntes muito elevadas (ainda que por períodos relativamente curtos) e o seu custo inferior.
Um abraço amigo,
Rui Martins
Braga
Rui Martins
Braga
Bürstner T615