Vi ontem na sic uma reportagem sobre "campismo selvagem" entre Aljezur e Lagos e fiquei (mal) impressionado com o que se passa por ali. Recém-chegado da costa Adriática, é sempre chocante/revoltante ver como as coisas vão (mal) na nossa terra...
Velhas carrinhas (pessoal do surf, sobretudo) lado a lado com numerosas e boas ACaravanas, todos aparentemente cagando para o respeito pela natureza.
Porquê?
Não havendo infra-estruturas para despejos (os locais referidos na reportagem não as têm), naturalmente atrás do mato é a solução. E o problema não são sobretudo as centenas de kilos de me... e litros de mijo que emporcalham a paisagem envolvente. O maior problema são os químicos que usamos para que a nossa me..., quando na cassete, não cheire mal...
Digam-me o que disserem, é por estas e por outras que continuo a preferir campings quando os tenho por perto, a estas situações degradantes para os ecossistemas e para a nossa imagem pública.
Aqui em Viseu acaba de fechar o camping local invocando a orbitur, entre outros motivos, a falta de campistas.
Entretanto vejo várias ACaravanas em pernoita em diversos locais da cidade (alguns perigosos, outros visivelmente desconfortáveis) e pergunto-me: porque é que estes gajos preferem o risco do assalto ou do acidente ao relativo conforto de um camping arborizado e com acesso pedonal privilegiado ao centro?
Tenho constatado nas viagens que faço por esta Europa que não estou só na opção preferencial por campings. Ainda este verão voltei a notar que o nº de ACaravanas, em muitos locais, excede o de tendas...